PSL talvez queira dizer Partido Só de Loucos. Só pode ser isso. Trata-se de um partido com apenas 25 anos de existência (completa dia 30 de julho), embora só tenha sido oficializado em 2 de junho de 1994 (há 21 anos). Nesse quarto de século, teve 50% de aproveitamento em campanhas presidenciais: na primeira, perdeu, com seu presidente, Luciano Bivar candidato. Na segunda, venceu com Jair Bolsonaro. E, por incrível que pareça, tem cerca de 240 mil filiados em todo o Brasil!!!
Pois bem. Quando os peesselianos pensavam que tinham alcançado a glória total, viram-se envolvidos em um turbilhão total junto com seu trunfo maior, o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. E se você pensa que se trata de um conflito ideológico, esqueça. A questão é dinheirológica. Isso, no caso, aparenta ser muito mais importante do que simplesmente presidir o país, ser o condutor do destino de milhões de brasileiros.
A coisa chegou a tal ponto que um dos mais fiéis aliados do presidente da República, o deputado Delegado Waldir, líder do partido na Câmara, se rebelou e promete derrubar Jair Bolsonaro do cargo, caso continue a perseguição a membros do partido que estão ao lado do presidente da sigla, Luciano Bivar. Deu pra entender? Se entendeu, parabéns.
Em áudio publicado pelo portal R7, Waldir chama o seu companheiro de partido, presidente do seu país, de “vagabundo” - e ainda ameaça implodir o governo: “Eu vou implodir o presidente. Aí eu mostro a gravação dele. Não tem conversa. Eu implodo ele. Eu sou o cara mais fiel. Acabou, cara. Eu sou o cara mais fiel a esse vagabundo. Eu andei no sol em 246 cidades para defender o nome desse vagabundo”, afirma o parlamentar no áudio. Não é incrível? Chega a ser romântico...
A declaração de amor foi feita durante uma reunião no gabinete da liderança do PSL na Câmara! Os parlamentares do partido presentes afirmam que estão sendo pressionados por Bolsonaro para assinarem um documento que destitui o Delegado Waldir como líder da legenda na Casa. “Os meninos chegaram lá e o presidente disse: ‘Assina, senão é meu inimigo’”, relatou uma das presentes na reunião.
O glorioso e ¼ secular partido está divididíssimo. No mínimo, em dois blocos. Um com os aliados de Jair Bolsonaro e outro que apoia o presidente do partido Luciano Bivar. Tudo porque o presidente da República apareceu em um vídeo se negando a gravar uma declaração, em que seu nome aparece junto com o deputado pernambucano presidente do partido. Para enfraquecer o grupo de Bivar, Bolsonaro quer tirar Waldir da liderança do partido e colocar no lugar, sabe quem!, o filho, Eduardo Bolsonaro...
Em vez de explodir, eles vão todos se implodir! Para glória do povo brasileiro...
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