Começa surgir a hipótese de que as manchas de óleo que aportaram no Nordeste estão navegando desde a II Guerra Mundial. Podem ser produtos de navio alemão bombardeado por americanos próximo ao litoral de Pernambuco. Pesquisadores do Instituto de Ciências do Mar da Universidade Federal do Ceará verificam a origem de caixas que apareceram nas praias do estado e podem assim também desvendar as causas do recente desastre ambiental.
As caixas têm inscrições de um cargueiro que vinha da Indochina Francesa, território dominado na época pelos japoneses e seus aliados alemães e italianos. Segundo informações de um banco de dados americano, a embarcação, afundada em 1944, transportava borracha bruta – que seria o material encontrado nas praias. A rota feita pelas caixas é semelhante à feita pelas manchas de óleo. Os cientistas estão coletando amostras do óleo em praias cearenses que serão enviadas para os Estados Unidos, onde serão analisadas para determinar pontos como característica, idade e origem geográfica do material.
O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, já declarou que a quantidade de óleo encontrado nas praias é muito maior do que poderia ser despejado por um navio em simples lavagem de tanque. Acredita-se que a quantidade de material encontrado equivale a 500 barris – ou 130 toneladas de óleo!
O Ibama confirma que 62 municípios e 138 praias foram atingidas e 16 animais encontrados tiveram contato com o óleo. Mais de 1.500 homens da Marinha junto com cinco navios, um helicóptero, embarcações e carros de capitanias dos portos dos estados estão envolvidos na investigação do caso. Aconselha-se cobrir a cabeça para se proteger das bombas nazistas...
