26/09/2019 às 10h06min - Atualizada em 26/09/2019 às 10h06min

​BOLSONARO EM QUEDA OU SUBINDO NAS PESQUISAS?

QUAL A RESPOSTA CERTA?

 

As duas respostas estão corretas. Claro que a última pesquisa mostra queda. A desconfiança em Bolsonaro pulou de 45% em abril para 55%. E a confiança, no mesmo período, caiu de 51% para 42%. É o que mostra a nova pesquisa CNI/Ibope, feita com 2 mil pessoas (margem de erro de 2,2%), em 126 municípios, entre os dias 19 e 22 de setembro.

Mas a partir do levantamento que foi realizado entre essas duas últimas pesquisas (feito entre 20 e 26 de junho) a tendência de queda foi estancada. Podemos notar que praticamente não houve alteração: o ótimo/bom variou de 32% para 31%; o regular permaneceu em 32%; o ruim/péssimo variou de 32% para 34%; e o não sabe/não respondeu não se alterou, ficou nos 3%.

Pelo sim, pelo não, a equipe de Bolsonaro resolveu dar um stop na tendência negativa e tratou de usar o discurso na ONU para começar a segurar e trazer de volta o seu eleitorado de perfil popular com tendência a abandonar esse barco furado.
É bom lembrar que Sarney, de março a dezembro de seu primeiro ano de mandato, teve variação negativa bem grande:
                              Ótimo/bom        Regular                 Ruim/Péssimo
mar/86 71 26 2
dez/86 34 45 20
 
Fernando Collor também foi mal:
 
mai/90 45 39 12
jul/90 33 45 20
 
Itamar Franco manteve-se estável:
 
nov/92 35 37 11
jan/93 34 44 09
 
Fernando Henrique (1º mandato) também foi bem negativo:
mar/95 41 43 12  
jun/95 42 38 16  
 
Lula foi bem diferente:
mar/03:  51          36          07
jun/03:    43         38          11
 
Lula teve altos e baixos no segundo mandato, mas elegeu sua sucessora (Dilma, que acabou sofrendo um golpe parlamentar).

Ao contrário de seus antecessores, Bolsonaro é identificado com um perfil de extrema direita e mais povão (mais do que Lula, por exemplo). É o seu perfil extremista que poderá contribuir para sua queda permanente. O povão exige ganhos imediatos e não está vendo isso. A queda deve permanecer e pode pôr em risco a permanência/reeleição de Bolsonaro. A não ser que ele consiga um milagre econômico, à la Paulo Guedes, espremendo agora para oferecer o suco às vésperas da eleição. Quem sobreviver... verá!
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