As duas respostas estão corretas. Claro que a última pesquisa mostra queda. A desconfiança em Bolsonaro pulou de 45% em abril para 55%. E a confiança, no mesmo período, caiu de 51% para 42%. É o que mostra a nova pesquisa CNI/Ibope, feita com 2 mil pessoas (margem de erro de 2,2%), em 126 municípios, entre os dias 19 e 22 de setembro.
Mas a partir do levantamento que foi realizado entre essas duas últimas pesquisas (feito entre 20 e 26 de junho) a tendência de queda foi estancada. Podemos notar que praticamente não houve alteração: o ótimo/bom variou de 32% para 31%; o regular permaneceu em 32%; o ruim/péssimo variou de 32% para 34%; e o não sabe/não respondeu não se alterou, ficou nos 3%.
Pelo sim, pelo não, a equipe de Bolsonaro resolveu dar um stop na tendência negativa e tratou de usar o discurso na ONU para começar a segurar e trazer de volta o seu eleitorado de perfil popular com tendência a abandonar esse barco furado. É bom lembrar que Sarney, de março a dezembro de seu primeiro ano de mandato, teve variação negativa bem grande: Ótimo/bomRegularRuim/Péssimo
mar/86
71
26
2
dez/86
34
45
20
Fernando Collor também foi mal:
mai/90
45
39
12
jul/90
33
45
20
Itamar Franco manteve-se estável:
nov/92
35
37
11
jan/93
34
44
09
Fernando Henrique (1º mandato) também foi bem negativo:
mar/95
41
43
12
jun/95
42
38
16
Lula foi bem diferente: mar/03: 51 36 07 jun/03: 43 38 11
Lula teve altos e baixos no segundo mandato, mas elegeu sua sucessora (Dilma, que acabou sofrendo um golpe parlamentar).
Ao contrário de seus antecessores, Bolsonaro é identificado com um perfil de extrema direita e mais povão (mais do que Lula, por exemplo). É o seu perfil extremista que poderá contribuir para sua queda permanente. O povão exige ganhos imediatos e não está vendo isso. A queda deve permanecer e pode pôr em risco a permanência/reeleição de Bolsonaro. A não ser que ele consiga um milagre econômico, à la Paulo Guedes, espremendo agora para oferecer o suco às vésperas da eleição. Quem sobreviver... verá!