Fala sério, uma Assembleia – seja qual for – que começa com discurso de Bolsonaro seguido de um discurso de Trump é uma tristeza só. Dá pena. Mas também dá o que pensar. O discurso de Bolsonaro dá um nó no estômago, deprimente, uma figura envergonhante, bajulante, rastejante. Mas temos que reconhecer que ele conseguiu dar o recado que estava querendo. O povão não se liga naquilo, uma assembleia da ONU!. E aqui do Brasil, só se podia ouvir calado. Bolsonaro seguiu em frente, arranjando argumentos para a destruição da Amazônia, fazendo de conta que está construindo o melhor dos mundos. Pobre Brasil...
Com relação a Trump, ele causa depressão só de olhar. Mas o seu discurso foi preciso, bem direcionado ao seu eleitor conservador – e de certa forma até mesmo avançou sobre os indecisos, aumentando entre eles o orgulho de ser americano. Não apenas demonstrou que luta como ninguém em defesa dos interesses nacionais, como soube partir para o ataque sobre os seus concorrentes comerciais (China), bateu no globalismo "europeu" e ainda justificou o fechamento de suas fronteiras para imigrantes “indesejáveis”.
O mundo é mais triste com essas pessoas no poder: nesse grande evento de 2019 das Nações Unidas, um mundo ainda mais desunido.
