Tudo leva a crer que Bolsonaro realmente não tem condições de representar o Brasil na abertura da Assembleia geral da ONU. Terá sido a primeira vez, desde 1947 (a ONU foi criada em 1945), que nosso país não fará o discurso de abertura. O Brasil já se destacou por ter a primeira mulher (Dilma) no discurso de abertura e agora poderá ser o primeiro a não ter o seu principal representante.
Mas há males que vêm para o bem. Já pensou no vexame que teríamos de enfrentar? É verdade que ninguém fica muito ligado nessas aberturas, mas, com toda certeza, a presença de Bolsonaro pode ser algo escandaloso. Já se fala em uma explosão de vaias ou de nós termos que entubar a maioria dos líderes mundiais dando as costas para o nosso representante.
Dizem alguns que ele seria alvo de protestos em razão da destruição da Amazônia. Ou por seu seus elogios públicos a ditadores. Ou por suas posturas contrárias aos princípios mais elementares da civilização.
Dizem também que Michelle Bolsonaro, a primeira-dama, tenta convencer o marido a cancelar a viagem.
Outro grupo acharia fundamental para o governo Bolsonaro se posicionar perante a comunidade internacional e fazer "uma defesa pública da soberania da Amazônia" – esquecendo que de fato o que Bolsonaro pretende é abrir a Amazônia para a exploração comercial por parte de Donald Trump.
Bolsonaro, teria dito que iria "até de maca". Mas talvez quem melhor justifica a sua possível ausência é o embaixador Rubens Ricupero, quando declara que “Bolsonaro é figura inapresentável no mundo”.