17/09/2019 às 12h13min - Atualizada em 17/09/2019 às 12h13min

FELIPE NETO É AMEAÇADO E TIRA A MÃE DO BRASIL

SENADOR DA CPMI DAS FAKE NEWS PEDE ESCOLTA


Alerta geral na internet. Pensar diferente da “guerrilha digital” da turma da extrema direita corre risco de receber até ameaças de morte. Com mais de 34 milhões de inscritos no seu canal do youtuber e visualizações que passam de 7,5 bilhões, Felipe Neto compartilhou, nessa segunda-feira, que tem sofrido ameaças tão intensas que precisou tirar a mãe dele do Brasil. O youtuber também já denunciou à polícia as ameaças. Ele virou o alvo preferido dos bolsonaristas depois que doou 14 mil livros na Bienal do Livro, na semana passada, em protesto à censura do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, que mandou recolher um gibi que tinha na capa dois rapazes se beijando. A censura provocou grandes manifestações na Bienal e foi derrubada pelos ministros do STF, Dias Tóffoli e Gilmar Mendes. Para não se expor, Felipe Neto cancelou a participação no evento Educação 360, que vai acontecer nessa terça, dia 17 de setembro. O youtuber foi provocado até pelo presidente Jair Bolsonaro, nas redes sociais. Nesse domingo, pelo twitter, Bolsonaro reagia às postagens sobre uma entrevista de Felipe ao jornal Valor, publicando emojis com carinhas às gargalhadas. Mas alguém deve ter lembrado a Bolsonaro que Felipe Neto é um dos maiores youtubers do país e que ele é o  presidente. Minutos depois “as gargalhadas” sumiram. Em um desabafo, Felipe Neto lamentou, mas reafirmou que vai seguir firme na luta contra a censura e obscurantismo que estamos enfrentando em pleno 2019. “Quero dizer que continuarei lutando, enfrentando o obscurantismo e a opressão, por todos os meios que me cabem, pela defesa do amor e da união até o fim, até onde for possível e até onde minhas forças e meu coração aguentarem”, concluiu. E as ameaças chegaram ao Senado, também nessa segunda-feira. O presidente da CMPI das Fake News, senador Angelo Coronel(PSD-BA) disse que passou a receber ameaças de morte, em seu e-mail de trabalho. “Vamos encher sua boca de chumbo” e “ Você não sabe com quem tá mexendo”, são algumas das ameaças. 
Instalada em 4 de setembro, a CPMI vai apurar os perfis falsos criados para a disseminação das fake news com o objetivo de influenciar as últimas eleições, vazamentos de conversas entre integrantes da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro, entre outros alvos. Se pensam que as ameaças intimidaram o senador baiano, estão muito enganados. “Nada disso vai me ameaçar, só me estimula. É muito preocupante que ainda existam pessoas que precisam se esconder porque não têm coragem de exercer a crítica de forma aberta, franca e democrática. Vamos trabalhar para coibir isso”, afirmou o senador à revista Veja.O senador Angelo Coronel já pediu escolta à Polícia Legislativa. E como presidente da CPMI já tem mais outros “casos” para serem analisados pelos 15 senadores e 15 deputados titulares e seus suplentes. Em 180 dias, a CPMI pretende apurar a prática de ciberbullying contra autoridades, cidadãos, e o aliciamento de crianças causando crimes de ódio e até suicídios.

Portal Imprensa
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »