07/09/2019 às 19h45min - Atualizada em 07/09/2019 às 19h45min

​BOLSONARO VIROU TOP PIG INTERNACIONAL

FOI COLOCADO NA LISTA POR MICK JAGGER, ROGER WATERS E DONALD SUTHERLAND


Veneza em glória, neste sábado (7), com o encerramento do seu Festival de Cinema, ainda pôde contar nas cenas finais com a participação de nomes como Mick Jagger, Roger Waters (da banda Pink Floyd) e Donald Sutherland.
 
Mick Jagger, inspiradíssimo, encerrou sua participação no Festival com um ataque contra o tal do Donald Trump, a quem criticou por ter levantado os controles ambientais nos Estados Unidos. Roger Waters também se manifestou contra líderes que chamou de "porcos". Além de Trump, ele bateu no britânico Boris Johnson, no ex-ministro do Interior italiano Matteo Salvini e, quem diria, no presidente que nós temos, Bolsonaro.
 
"Estou feliz com os protestos dos jovens contra as mudanças climáticas, eles herdarão o planeta" comentou Jagger, que considera que os Estados Unidos "perderam seu papel de líder mundial no controle do meio ambiente e estão seguindo em outra direção".
 
O ator Donald Sutherland pediu às pessoas que saiam às ruas e não votem em pessoas como Trump ou o presidente brasileiro Jair Bolsonaro. "Mick tem razão, os controles (nos Estados Unidos) de Barack Obama eram pouco adequados, mas agora estão sendo destruídos. O mesmo acontece no Brasil e o mesmo acontecerá na Inglaterra após o Brexit", alertou.
 
"Quando eles tiverem 85 anos e tiverem filhos e netos, não terão nada, se não deixarem de votar nessas pessoas no Brasil, em Londres e Washington", acrescentou. "Estão garantindo a ruína do mundo, algo para o qual todos temos contribuído", lamentou Sutherland.
 
O britânico Roger Waters também criticou veementemente o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, Trump, o ex-ministro do Interior italiano Matteo Salvini e Bolsonaro. "Eles estão obstinados a destruir este belo planeta. Vamos resistir às forças neoliberais e neofascistas", afirmou e referiu-se aos "porcos" que governam o mundo.
 
Protestos contra navios em Veneza
 
Além dessas declaração fortíssimas, o tapete vermelho em frente ao Palácio do Cinema
recebeu centenas de jovens chamando a atenção para as mudanças climáticas e protestando também contra os danos causados pela presença em massa de grandes navios nos canais de Veneza. Esses protestos começaram em 2006, quando ativistas descobriram que as ondas causadas pelos navios de cruzeiros danificam as fundações da cidade. Os manifestantes exigem que a passagem desses navios, que pesam mais de 1.000 toneladas, seja proibida.


"Nós, do Acampamento Climático de Veneza, lançamos o alarme, e a mensagem é clara: a terra está queimando, chegou a hora de se mobilizar, tomar medidas sérias, exigir justiça social e defesa do clima", diz a mensagem dos manifestantes.
"Vamos fazer de Veneza um símbolo da luta contra as mudanças climáticas, vamos usar o Festival de Cinema de Veneza como uma caixa de ressonância para a mídia",
afirma o site do Venice Climate Camp.
 
 
 RFI, com informações da AFP. 
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