O Datafolha publicado nesta segunda-feira (dia 2) pela Folha de S. Paulo comprova o que todos sabíamos: Bolsonaro despenca. Já ganhou o título de presidente eleito com pior avaliação em um primeiro mandato, comparado com os governos de Fernando Henrique, Lula e Dilma.
A reprovação de Jair Bolsonaro (PSL) aumentou de 33% para 38% em pouco menos de dois meses (julho/agosto) . O percentual que avalia o seu governo como ruim ou péssimo é superior ao de entrevistados que o consideram ótimo ou bom.
A aprovação de Bolsonaro também caiu de 33%, em julho, para 29%, agora — dentro do limite da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Com 38% de reprovação, Bolsonaro é o presidente eleito mais mal avaliado em um primeiro mandato, comparado com os governos de Fernando Henrique (15%), Lula (10%) e Dilma (11%).
Os mais ricos querem distância. Bolsonaro teve queda profunda na aprovação entre os considerados mais ricos, com renda mensal acima de 10 salários mínimos: caiu de 52% em julho para 37% agora nesta pesquisa. Entre os mais pobres, que ganham até dois salários mínimos, o índice é de 22%.
As maiores reprovações de Bolsonaro ficam entre os jovens (16 a 24 anos), 24%, e dos com menor escolaridade (só ensino fundamental, 26%.
Entre os eleitores mais escolarizados, com ensino superior, Bolsonaro perdeu apoio pela primeira vez. Entre os que classificam sua gestão como ruim ou péssima agora é 43% (eram 36% em julho e 35% em abril).
No Nordeste a queda é brutal: de 41% para 52%.
Na região Sul, considerada bolsonaristas, caiu de 25% para 31%.
As mulheres são as que mais rejeitam Bolsonaro: 43% das entrevistadas o avaliam como ruim ou péssimo, enquanto os homens são 34%.
Seu jeito de ser como presidente também teve alta na avaliação: os que acham o comportamento de Bolsonaro inadequado subiu de 25% para 32%. Os que veem com bons olhos suas atitudes como presidente diminuiu: em julho eram 22%, agora são 15%.
Pior ainda: 44% dos brasileiros não confiam na sua palavra, enquanto 36% confiam eventualmente e 19%, sempre.
Sobre o que Bolsonaro já fez pelo Brasil, a avaliação segue estável: 62% acreditam que ele fez menos do que o esperado, 21% acham que ele correspondeu às expectativas e 11%, que fez mais do que o previsto.
A pesquisa ouviu 2.878 pessoas com mais de 16 anos em 175 municípios.