O encarregado de negócios da embaixada do Brasil nos EUA, Nestor Forster, declarou que é "desonesto" relacionar as queimadas na Amazônia à política ambiental do governo Jair Bolsonaro. Aparentemente o diplomata, apesar de ser discípulo do astrólogo de Virgínia, não soube ler o que se passou nos céus da Amazônia, abaixo da linha do equador.
Veja só, diplomata. Fazendeiros do entorno da BR-163 no sudoeste do Pará anunciaram com antecedência o “dia do fogo” - que de fato ocorreu no sábado, dia 10 de agosto (leia aqui). O INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) chegou a registrar uma explosão de focos de incêndio na região, segundo monitoramento do Programa Queimadas. O Ministério Público do Pará iniciou a investigação do caso. No dia 21 de agosto, senhor encarregado de negócios da embaixada do Brasil nos EUA, o presidente Jair Bolsonaro insinuou que esses incêndios seriam coisa das ONGs interessadas em receber as verbas (assista aqui) .
Ou seja, negligenciou algo extremamente sério, fazendo pirracinha com as ONGs, além de já ter feito pouco caso das verbas destinadas pela Dinamarca e pela Alemanha para ajudar na proteção da floresta amazônica.
Me responda por favor: é essa a política ambiental do governo Jair Bolsonaro? Me responda também: reagir a esse total descaso ambiental é desonesto?
O país lhe oferece uma “Amazônia” inteira de tempo para responder. Mas é bom responder logo, senão o tempo acaba...