Pelo twitter, presidente da França, Emmanuel Macron, cobrou ação do G7 para salvar a Amazônia e alertou sobre a grave situação da região que está sendo devastada pelas queimadas. "Nossa casa está queimando. Literalmente. A floresta amazônica, pulmão que produz 20% do oxigênio do nosso planeta, está em chamas. Isso é uma crise internacional. Membros do G7, vamos discutir essa emergência, em dois dias". Ele pediu prioridade na reunião do G7 que acontece, nesse fim de semana, em Biarritz, na França. A mobilização para salvar a Amazônia é mundial, desde especialistas da Nasa e de outros grandes centros de pesquisas, Ongs, artistas até ídolos do esporte como Cristiano Ronaldo – que, pelo Instagram, reforçou a hastag #prayforamazonia.
O Secretário-Geral da ONU, Antonio Guterres, também saiu em defesa da Amazônia: "Estou profundamente preocupado com os incêndios na floresta amazônica. No meio da crise climática global, não podemos permitir mais danos a uma fonte importante de oxigênio e biodiversidade. A Amazônia deve ser protegida", reafirmou Guterres.
Enquanto isso, no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar as ONGs que há anos lutam pela preservação da floresta e as acusações chegaram ao cantor e compositor Marcelo D2. "Um amigo meu me contou que teve show do Marcelo D2 por lá. Tá explicado", falou Bolsonaro. O cantor, defensor da descriminalização da maconha, respondeu no twitter: "Sabia que ia sobrar pra mim...".
Se o governo brasileiro não age, os partidos políticos vão à luta. Em um ato parlamentar inédito, a REDE foi ao STF para pedir o impeachment do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Outro ministro, o da Casa Civil, até vai para Roraima, mas, quando questionado se ia para a região das queimadas, Onyx Lorenzoni seguiu o chefe e disse que "nações europeias mentem sobre o desmatamento para atrapalhar comercialmente o país" - e foi mais longe, ao negar a ida para a região mais castigada pelo fogo. "Eu vou ver coisa mais importante. O projeto Acolhida, que nós estamos fazendo lá em Roraima", concluiu Onyx. Enquanto eles acham "coisa mais importante para ver", a situação dramática da Amazônia deve ser a prioridade na reunião da França, Alemanha, Japão, Estados Unidos, Canadá, Itália e Grã-Bretanha, como pediu o anfitrião francês Emmanuel Macron.
