Dessa vez temos muito que invejar nossos hermanos. Fizeram uma eleição de dar orgulho a nossa América do Sul - enquanto nós, aqui, temos que conviver com bolsonarices diárias. A dupla Alberto Fernández/Cristina Kirchner venceu o presidente conservador Maurício Macri com mais de 15 pontos de vantagens na pré-eleição e abre caminho para uma Argentina mais forte e popular. Foi um choque para as pretensões da dupla formada por Trump e Bolsonaro. Eles contavam com a vitória conservadora para poder aumentar a pressão sobre a Venezuela e sobre Cuba. Se deram mal. O povo argentino votou contra os representantes do fascismo internacional.
O discurso feito por Bolsonaro, lá no Rio Grande do Sul, quando soube do resultado eleitoral no país vizinho, é lamentável. "Não esqueçam que, mais ao Sul, na Argentina, o que aconteceu nas eleições de ontem. A turma da Cristina Kirchner, que é a mesma de Dilma Rousseff, que é a mesma de Hugo Chávez, de Fidel Castro, deram sinal de vida aqui. Povo gaúcho, se essa esquerdalha voltar aqui na Argentina, nós poderemos ter no Rio Grande do Sul um novo estado de Roraima. (...) Vocês, gaúchos, podem correr o risco de, ao ter uma catástrofe econômica lá, como teve na Venezuela, ter uma invasão da Argentina aqui. Não queremos isso para nossos irmãos”.
Ao mesmo tempo que ofendeu todo um país vizinho, teve uma postura vergonhosa, preconceituosa, com o estado de Roraima (semelhante ao que fez com o povo nordestino). Por essas e por outras, é mais do que natural que o candidato argentino vitorioso tenha vindo visitar Lula (preso injustamente) na prisão. E que tenha se referido a Bolsonaro como “um racista, um misógino e um violento que é a favor da tortura".
O ideal seria que Bolsonaro saísse hoje mesmo pelas portas dos fundos do Planalto. Mas temos certeza que na próxima eleição ele será massacrado pelo.
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