11/08/2019 às 07h26min - Atualizada em 11/08/2019 às 07h26min

DRAMA DA SAÚDE

GRAÇAS A UMA AVÓ DESCONHECIDA, A CRISE DA SAÚDE GANHA MANCHETES


Maria Aparecida Firmo Ferreira, 78, passou dois dias em uma maca improvisada nos corredores do Hospital Regional de Ceilândia, na periferia de Brasília, à espera de atendimento.

Ela deu entrada no hospital na quinta-feira (8) com suspeita de fratura no fêmur e ficou na maca até a noite deste sábado (10). Uma reportagem da folha deu destaque a Maria Aparecida e o governo do Distrito Federal tratou de transferir a idosa para uma unidade com mais estrutura, o Hospital de Base.
 
Segundo a assessoria de imprensa do GDF (Governo do Distrito Federal), o governador Ibaneis Rocha (MDB) estava acompanhando a situação e o hospital para onde Maria Aparecida foi transferida tem uma estrutura de pronto-socorro mais eficiente. A administração distrital informou também que ela já estava sendo atendida na unidade onde estava até a noite de sábado.
 
Dona Maria Aparecida conta que se acidentou na manhã do mesmo dia que deu entrada no hospital, na casa em que mora na favela Sol Nascente, também na periferia de Brasília.
Uma de suas galinhas teria passado para a casa do lote ao lado.
"Fui pedir à mulher para pegar a galinha. O pitbull avançou no portão. Se ele pega meu rosto, tinha acabado comigo. Aí, naquele susto, caí de costas. Caí, quebrei meu fêmur e estou no corredor de espera. Tem gente aqui que tem mais de 20 dias, 30 dias e ninguém chama para a cirurgia. Quanto mais eu, que estou com três dias, né?", disse Maria Aparecida à Folha na tarde deste sábado (10), deitada na maca que lhe servia de leito improvisado, em meio a várias outras no hospital de Ceilândia.
 
Maria Aparecida conta que sofre de osteoporose e que aguarda há cinco anos uma cirurgia na perna direita —a mesma que machucou na quinta-feira.
Dessa vez, é bem possível que sua neta Michelle tenha ajudado no aceleramento da ajuda, apesar de não se encontrarem há cerca de 5 anos.

Diz dona Maria Aparecida:
"Sou vó dela, mas ela ainda não sabe do acidente. Tenho o telefone dela não. Que não falo com ela, tem já cinco anos. O dia que o pai dos meus filhos morreu, ela que pagou o enterro, ficou com a gente lá. Foi o último dia que eu vi."
A avó diz não ter havido nenhuma briga entre ela e a neta. "Ela se afastou de mim. Não quis nada mais comigo. Era meu prazer se ela viesse, mas ela não vem não."
 
A neta mora a 37 km do hospital, no Palácio da Alvorada. Seu nome é Michelle Bolsonaro.

 
Leia mais na Folha.
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