06/08/2019 às 17h28min - Atualizada em 06/08/2019 às 17h28min

VAZA JATO EXPLOSIVO

PROCURADORES TENTARAM MUNIÇÃO CONTRA GILMAR MENDES


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, compara os procuradores da Lava Jato com os "bandidos que dizem investigar", depois que tomou conhecimento que eles planejaram uma investigação ilegal contra o ministro através da primeira matéria da parceria entre o EL País e The Intercept, divulgada na tarde dessa terça-feira. Gilmar Mendes repercutiu a matéria com o jornalista Ricardo Noblat. "Eu não me espantaria se não tivessem tentado forjar alguma cartão de crédito internacional em meu nome", disse Gilmar.
A matéria das jornalistas Marina Rossi e Rejane Oliveira mostra que os procuradores da Lava Jato fizeram um esforço para coletar dados, ilegalmente, sobre o ministro e realizar o "sonho" do coordenador Operação, o procurador Deltan Dallagnol.
Em publicações anteriores, o Intercept e parceiros já mostraram que o ministro Dias Tóffoli, hoje presidente do STF, também foi investigado clandestinamente pela Lava Jato. Nos diálogos no Telegram que o site The Intercept recebeu de uma fonte anônima, Deltan confessa: "Sonho que Toffoli e GM acabem fora do STF".
E foi através de um boato que Deltan Dallagnol começou a compartilhar com os outros procuradores a ideia de reunir munição contra o ministro Gilmar Mendes que levasse à suspeição e até o impeachment do STF. O boato é de que parte do dinheiro mantido em contas no exterior por Paulo Preto, considerado o operador de propinas do PSDB, pertencia a Gilmar Mendes.
A mobilização na força-tarefa foi grande, envolvendo procuradores e assistentes que vasculharam as decisões de Gilmar para embasar a denúncia. E foram mais longe. Planejaram acionar investigadores na Suíça para fortalecer a munição contra um ministro do STF.
Depois de meses de discussões, os procuradores tiveram um dia animado: 19 de fevereiro desse ano, quando Paulo Preto foi preso. Para o grupo, seria a chance de rastrear uma ligação entre Gilmar e Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. Como Gilmar Mendes já tinha concedido 2 Habeas Corpus a Paulo Preto, os procuradores apostaram que o ministro poderia aparecer como beneficiário de um dos cartões do tucano. "Vai que tem um para o Gilmar", ironizou o procurador Roberson Pozzobon. Alertas foram dados no grupo: "vc estará investigando ministro do Supremo, robinho", diz o procurador Athayde Ribeiro da Costa. "Ahahaha”, devolve Pozzobon. E segue nas ironias: "Não que estejamos procurando...Mas vaaaii que". Dallagnol entra para dizer que o "pedido à Suíça deveria ter um enfoque mais específico e outros vínculos à mesma conta". E concluiu: "Talvez vejam lá com algo separado da conta e por isso não veio (...) Afinal diz respeito a OUTRA pessoa".
É, e OUTRA PESSOA, o ministro Gilmar Mendes, já reagiu e se preparem. A "terra vai tremer" em Brasília e Curitiba.

 
 
Veja a reportagem completa no EL País 
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