01/08/2019 às 17h07min - Atualizada em 01/08/2019 às 17h07min

A VERDADE NÃO SE MUDA.

É MAIS FÁCIL MUDAR ESSE PRESIDENTE...


O que esperar de um político que sempre elogiou os torturadores e ditadores de páginas tristes da nossa história?
O que esperar de um deputado que tripudiava das famílias que procuravam pelos seus filhos, pais e irmãos que desapareceram durante a ditadura militar?
O que esperar desse político que exibia na porta do seu gabinete na Câmara um cartaz com os dizeres "quem procura osso é cachorro", ironizando a busca de desaparecidos na guerrilha do Araguaia, organizada nos anos 1970?

Depois de atacar o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, e contar inverdades sobre o desaparecimento e morte do pai dele, Fernando Santa Cruz, durante a ditadura, e ser desmentido pelos documentos recuperados pela Comissão Especial  Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, criada em 2014, no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff, o presidente Jair Bolsonaro tenta impor mudanças à história política do Brasil. A versão dele é contestada no mundo inteiro e não vai ser com a  mudança dos nomes para compor a Comissão que ele vai conseguir o impossível.
Nem mesmo afirmando  que "o motivo é que mudou o presidente, agora é Jair Bolsonaro, de direita" .
A troca de quatro pessoas  foi publicada no Diário Oficial da União, nessa quinta-feira, 1º de agosto. Os novos integrantes são defensores da ditadura e até da tortura.

A ex-presidente da Comissão, a procuradora Eugênia Gonzaga, soube das mudanças pela imprensa e estava no cargo desde a instalação dos trabalhos. Ela afirmou que a Comissão sempre foi apartidária e nunca dependeu de orientações políticas do governo. E rebateu Bolsonaro.
"Acho que foi uma represália pela minha postura diante dos acontecimentos".

Ainda segundo Eugênia, a troca já era esperada. "Lamento muito. Não por mim, pois já vinha enfrentando muitas dificuldades para manter a atuação da CEMDP desde o início do ano, mas pelos familiares", concluiu.
Marco Vinicius Pereira de Carvalho, assessor especial da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, comandará a Comissão.

As famílias, os pesquisadores e historiadores não vão se intimidar com essa brusca troca.
A busca pelos desaparecidos políticos durante a ditadura não vai parar porque nada muda a nossa história. A verdade não muda.

R.C.

 
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