29/07/2019 às 12h45min - Atualizada em 29/07/2019 às 12h45min

GOVERNO PENSA EM UM MÊS INTEIRO DE BLACK FRIDAY PARA SAIR DO VERMELHO


A ideia partiu do desespero do governo que não sabe o que fazer com nossa economia. Dizem que seria uma espécie de nova "Black Friday", mas em proporção menor, considerando o período curto para planejamento.
Mas o mais fantástico vem agora. A velha e boa "Black Friday", no fim de novembro, será mantida!!!

A proposta nasceu do desespero e da incompetência, surgiu principalmente para pegar de volta o dinheiro que vai ser liberado com a liberal parcial dos recursos do FGTS, que começa em setembro. O governo estima que devem ser liberados R$ 42 bilhões em recursos em dois anos, e não quer que o povo faça poupança, quer que gaste logo tudo. O engraçado é o slogan sugerido para a iniciativa, que deve nortear as campanhas das empresas envolvidas: "Brasil em Verde e Amarelo". Tem coisa mais ridícula – uma semana black, para sair do vermelho, vai se chamar verde e amarela! Tem desespero e desorientação maior? O governo já fez até um vídeo e enviou às lideranças do varejo, onde diz que setembro é a "cara do Brasil" e que as empresas poderão criar "produtos temáticos" com intenção de "valorizar o que é nosso".

O dizquemediz palaciano revela que a primeira reunião sobre o novo evento promocional ocorreu na quinta-feira passada, no IDV, o Instituto Do Varejo, em São Paulo. A questão sobre mudanças na cobrança dos impostos foi mencionada pelas redes. Segundo o Valor, o governo se comprometeu a avaliar a viabilidade com a área econômica, sem maiores garantias. As redes repassariam a alteração aos preços. O IPI, em 2009, caiu apenas entre 3% e 10%. No caso do ICMS, qualquer mudança depende de negociação com os Estados.

Já houve reunião do governo com o setor privado. Uma nova reunião está prevista para esta quinta-feira (dia 1º). Os empresários acham problemático criar um evento "do zero", em 40 dias. Alguns já antecipam que 'Black Friday' pode se transformar em “Black Fria”. Mas o varejo, no desespero total, obviamente apoia a ideia. Todos sabem que setembro é um mês fraco para o setor (tem o menor ritmo de crescimento do segundo semestre, segundo dados do IBGE) e o que vier é lucro. O projeto ainda está sendo discutido e precisaria avançar logo para sair do papel.
Varejistas ouvidos, que não querem que a proposta bolsonarista esvazie o verdadeiro Black Friday, dizem que "pode ser algo na linha 'pague um e leve dois', para não ficar com foco no desconto, que é o forte da Black Friday".
"Para setembro, será mais uma compra pontual, de emergência, para reforçar o estoque. E não acreditamos que vamos 'fazer' muito dinheiro com isso. A própria Black Friday levou anos para dar algum lucro", diz um varejista de eletrônicos.
Ou seja, como tudo nesse governo, trata-se de algo bem duvidoso. Podem até acabar com o Black Friday para criar o “Black Year” – e afundar de vez o país.


Leia mais no Valor.
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