Foi durante uma entrevista ao jornalista Mário Vitor Santos, no programa "Forças do Brasil", da TV 247. O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, defendeu a regular as big techs. Big Tech (ou Tech Giants) refere-se às empresas mais dominantes no setor de tecnologia da informação, com destaque para as cinco maiores empresas americanas de tecnologia: Alphabet, Amazon, Apple, Meta e Microsoft. Essas empresas são chamadas de Big Five.
Gilmar Mendes defendeu a necessidade de regular essas empresas, citando o "modelo europeu" como um bom caminho a seguir. Ele foiu firme no repúdio a discursos que "defendam o nazismo, que neguem o holocausto, que defendam ditadura militar", destacando que essas ideias são inaceitáveis em uma sociedade livre e democrática. Apesar disso, ele também defendeu a importância de "preservar a liberdade de expressão", destacando a necessidade de equilíbrio entre a liberdade e a responsabilidade. "A linha nós sabemos traçar", afirma.
Gilmar também falou sobre o processo de impeachment no Brasil, argumentando que se tornou "uma espécie de parlamentarização do modelo presidencialista". Segundo ele, Collor e Dilma, ambos ex-presidentes que sofreram impeachment, "caíram porque perderam a base parlamentar". Mas Mendes acredita que a Operação Lava Jato teve consequências ainda mais graves para o Brasil, resultando na "deslegitimação de todo o sistema político". Ele acredita que essa deslegitimação abriu caminho para a ascensão de "um aventureiro como Jair Bolsonaro".
Ele também falou da situação de Lula. Destacou que Lula "não estaria onde está se não fosse a decisão da Segunda Turma, que foi capitaneada por Gilmar Mendes". O comentário refere-se à decisão do STF de anular as condenações de Lula relacionadas à Operação Lava Jato, a partir da suspeição de Sergio Moro, ex-juiz que se elegeu senador.
É combatendo as Big Techs que Gilmar se torna Gigante...
