09/01/2023 às 08h30min - Atualizada em 09/01/2023 às 08h30min

​BOLSONARO FOI PARA FLÓRIDA NA HORA CERTA.

JÁ SABIA DA INVASÃO EM BRASÍLIA?



Foi uma viagem muito oportuna essa que Bolsonaro fez à Flórida. Parece uma coisa sincronizada – ele vai para os Estados Unidos, enquanto sua “turma” agita por aqui, em busca de um golpe na democracia.
Fica difícil para Bolsonaro comprovar que tudo não passou de ‘coincidência’.
 
Enquanto isso, Lula postava, logo após a destruição da praça dos Três Poderes:
"Estive agora à noite no Palácio do Planalto e no STF. Os golpistas que promoveram a destruição do patrimônio público em Brasília estão sendo identificados e serão punidos. Amanhã retomamos os trabalhos no Palácio do Planalto. Democracia sempre. Boa noite".
 
Foi a vandalização de um patrimônio da Humanidade, feita por terroristas bolsonaristas, que contaram com a omissão do governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
Líderes de diversos países condenaram a invasão das sedes dos Três Poderes em Brasília, ocorrida nesta tarde (8). Em postagens nas redes sociais, chefes de Estado e de Governo manifestaram solidariedade e ofereceram apoio a Lula da Silva.
 
“A vontade do povo brasileiro e as instituições democráticas devem ser respeitadas! O presidente Lula pode contar com o apoio incondicional da França”, escreveu, no Twitter, o primeiro ministro francês, Emmanuel Macron.
 
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também condenou os ataques. "Condeno o ataque à democracia e à transferência pacífica do poder no Brasil. As instituições democráticas do Brasil têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser prejudicada. Estou ansioso para continuar a trabalhar com @LulaOficial", escreveu no Twitter.
 
O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, também se pronunciou. “Todo meu apoio ao presidente Lula e às instituições eleitas livre e democraticamente pelo povo brasileiro. Condenamos veementemente o assalto ao Congresso brasileiro e pedimos o retorno imediato à normalidade democrática”, postou.
 
Presidentes latino-americanos também repudiaram os atos antidemocráticos em Brasília. “Toda minha solidariedade a Lula e ao povo do Brasil. O fascismo decide dar um golpe. As direitas não puderam manter o pacto da não violência. É hora urgente de reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos) se quiser seguir viva como instituição e aplicar a carta democrática”, escreveu o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que fez a postagem poucos minutos após a invasão ao Congresso Nacional.
 
O presidente do Chile, Gabriel Boric, considerou “inadmissível” a ocupação da Praça dos Três Poderes. “Ataque inadmissível aos três poderes do Estado brasileiro pelos bolsonaristas. O governo brasileiro tem todo o nosso apoio diante desse covarde e vil ataque à democracia”, postou Boric nas redes sociais.
“Como presidente da CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e do MERCOSUL, ponho em alerta os países membros para que nos unamos nesta inaceitável reação antidemocrática que tenta se impor no Brasil. Demonstremos com firmeza e unidade nossa total adesão ao governo eleito democraticamente pelos brasileiros que encabeça o presidente Lula. Estamos juntos ao povo brasileiro para defender a democracia e não permitir nunca mais o regresso dos fantasmas golpistas que a direita promove”, escreveu Fernández.
 
ONU
A ONU (Organização das Nações Unidas) também condenou os ataques em Brasília e manifestou preocupação diante do ocorrido. "A ONU condena veementemente qualquer ataque dessa natureza, que representa uma séria ameaça às instituições democráticas. A ONU pede às autoridades que priorizem o restabelecimento da ordem e que defendam a democracia e o Estado de direito", diz o texto.
 
Sem dúvida, foi um tiro que saiu pela culatra. O Brasil quer apagar Bolsonaro do seu dia-a-dia, apesar da insistência em se manter em cena.
 
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