A Vaza Jato traz novos diálogos reveladores! Imaginem o procurador Deltan Dallagnol discutindo com a esposa e com seus colegas a criação de uma empresa de palestras (em que ele não apareceria formalmente como sócio) que lucraria com o prestígio da Lava Jato, aquele esquema que prendeu Lula sem ter provas, que desempregou milhões de brasileiros e que quebrou o setor de engenharia. Seria tudo plano de Dallagnol, um plano que permtiiu a ascensão de um governo de natureza neofascista. É o que revela o novo capítulo da Vaza Jato, numa parceria entre Intercept e Folha de São Paulo.
No fim de 2018, Deltan e um colega da Lava Jato discutiram em um chat sobre a criação de uma empresa na qual eles não apareceriam formalmente como sócios, para evitar questionamentos legais e críticas. A justificativa da iniciativa foi apresentada por Deltan em um diálogo com a mulher dele. “Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok? É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade”, escreveu, segundo a reportagem de Flavio Ferreira, Leandro Demori e Amanda Audi.
Os procuradores ainda pensaram em uma forma de criar um instituto e obter cachês elevados. Diziam: “Se fizéssemos algo sem fins lucrativos e pagássemos valores altos de palestras pra nós, escaparíamos das críticas, mas teria que ver o quanto perderíamos em termos monetários” (seria comentário de Deltan no grupo com integrante da força-tarefa). A realização de parcerias com uma firma organizadora de formaturas e outras duas empresas de eventos também foi debatida nessa conversa. Isso seria necessário porque a lei proíbe que procuradores gerenciem empresas, permitindo apenas que essas autoridades sejam sócios ou acionistas de companhias, diz o texto.