A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Rosa Weber, afirmou nesta quarta-feira (14) que o orçamento secreto "viola o princípio republicano e transgride os postulados informadores do regime de transparência dos recursos financeiros do estado". Ela é relatora no Supremo de ações judiciais contrárias ao orçamento secreto, Rosa Weber votou para que o esquema não seja mais aplicado. O orçamento secreto foi o nome dado à compra de apoio parlamentar pelo governo Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional. São emendas parlamentares chamadas emendas de relator, que não têm a obrigatoriedade de mostrar qual parlamentar pediu o dinheiro nem em quais projetos ou áreas será investido.
Ok, o seu voto, caro eleitor, é secreto e tem que continuar assim. Mas o parlamentar não pode fazer isso. Ele tem que deixar bem claro em quem vai votar ou em quem está votando. O parlamentar não é o dono do país. Ele tem que prestar contas a quem votou nele, mostrar que está honrando o voto. Isso é em tudo que tem relação com o povo brasileiro.
De acordo com a equipe de Lula, o atual presidente eleito do país, do PT e uma grande rede progressista, o orçamento secreto prejudica as negociações com o Congresso para que o próximo governo faça os investimentos previstos na PEC da Transição. Se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) for aprovada, a gestão petista vai ter pelo menos R$ 145 bilhões fora da regra do teto de gastos.