24/11/2022 às 11h21min - Atualizada em 24/11/2022 às 11h21min

BOLSONARO QUER NOVA ELEIÇÃO COM NOVAS URNAS.

SERÁ QUE ELE É SÓCIO DAS URNAS?


 
Já se vão quase dois meses, e Bolsonaro não se conforma com a derrota. Ele estaria telefonando praticamente todos os dias para Valdemar Costa Neto pressionando para que tome uma medida judicial contestando o resultado das eleições presidenciais. Valdemar — que é presidente do PL, partido onde o fílio de Bolsonaro se filhou para disputar a reeleição — disse a interlocutores que, nesses telefonemas, Bolsonaro uma hora contesta o relatório do Ministério da Defesa sobre a auditoria das urnas, outra hora diz que o relatório (ainda não concluído) que está sendo feito pelo engenheiro Carlos Rocha, do Instituto Voto Legal, contratado por insistência de Bolsonaro e seus filhos em agosto ao custo de R$ 1,3 milhão, ainda será apresentado, ‘demostrando’ (!) a suposta fraude.
 
A última coisa que interessa ao cacique Valdemar do PL é entrar com uma medida judicial que coloque em risco a sua recém-eleita bancada de 99 deputados federais, a maior da Câmara. Mas ele tem se sentido pressionado "de cima para baixo" (por Bolsonaro) e "de baixo para cima", uma referência aos 44 deputados bolsonaristas que se elegeram pela sigla.
Desses, nomes como Carla Zambelli e Nikolas Ferreira querem que Valdemar não apenas aponte supostas inconsistências no processo de verificação das urnas como peça a anulação das eleições. Zambelli e o estreante Nikolas Ferreira, que tiveram suas contas nas redes sociais suspensas por ordem do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, dizem recear que o próximo passo de Moraes seja pedir a cassação de seus mandatos.
 
Aliados do cacique afirmam que a declaração de Valdemar visa a contornar as pressões do presidente e da bancada bolsonarista do PL, que ele teme acabar fugindo do seu controle às vésperas da eleição para a Mesa da Câmara. Outro motivo que faria o presidente do PL pisar em ovos neste momento junto a Bolsonaro seria o medo de que o presidente trabalhe para minar o acordo firmado com o governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas, para que ele apoie seu aliado, André do Prado, para a presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo.
 
Resumindo, se correr, o bicho pega... e, se não correr, nem o bicho quer pegar!
 
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