A ministra Maria Cláudia Bucchianeri, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), suspendeu direito de resposta para Lula (PT) que daria a ele 164 inserções de 30 segundos na propaganda partidária de Bolsonaro (PL), candidato à reeleição. A ministra decidiu que o plenário do TSE é que deve analisar o caso. Mas ela optou por essa medida depois que a campanha de Bolsonaro entrou com um recurso.
A ministra Bucchianeri afirmou que esse recurso não era compatível "com a celeridade inerente aos processos de direito de resposta, bem assim com a colegialidade que norteia os julgamentos sobre propaganda". Por isso, ela decidiu suspender o direito de resposta de Lula enquanto o plenário não analisar o caso.
"Nesse contexto, recebo os presentes embargos declaratórios como recurso inominado [...] e a ele atribuo, excepcionalmente, eficácia suspensiva, até respectiva análise colegiada", escreveu a ministra. Na quarta-feira (19), ela tinha concedido os direitos de resposta a favor de Lula por entender que, em 164 vezes, a campanha de Bolsonaro veiculou fatos sobre o ex-presidente "sabidamente inverídicos por descontextualização".
A ministra apontou propagandas em que a campanha de Bolsonaro associava Lula ao crime organizado ao dizer que o petista foi o mais votado em presídios. Bucchianeri levou em conta também propagandas de Bolsonaro afirmando que Lula tinha pedido para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso libertar os sequestradores do empresário Abílio Diniz.
Tudo isso tem uma resposta: Bolsonaro e sua equipe estão apavorados com a derrota próxima, são capazes de tudo para parar Lula. Mas, no final, será Lula Lá!