09/09/2022 às 07h31min - Atualizada em 09/09/2022 às 07h31min

REVISTA ‘THE ECONOMIST‘ SOBRE MENTIRA DE BOLSONARO:

“O HOMEM QUE QUERIA SER TRUMP”



 
A capa da revista inglesa "The Economist" desta semana faz uma comparação entre Bolsonaro e o ex-presidente americano Donald Trump. A revista diz que Bolsonaro prepara a "grande mentira" sobre as eleições.
 
Trump perdeu as eleições em 2020 nos Estados Unidos, mas segue dizendo que houve fraude nos votos e não aceita o resultado. Seus apoiadores invadiram o Capitólio, sede do Congresso americano, em 6 de janeiro de 2021, tentando reverter a derrota. O episódio se tornou um dos mais ameaçadores para a democracia americana na história.
 
A reportagem da "The Economist" tem como título a frase: "Ganhe ou perca, Jair Bolsonaro representa uma ameaça para a democracia no Brasil". Em seguida, o texto diz: "Todos os sinais são de que ele vai perder a eleição e vai dizer que não".
 
Logo nos primeiros parágrafos, a reportagem lembra que Bolsonaro aparece em segundo lugar nas pesquisas e afirma que é provável que ele perca a disputa.
A revista também cita que Bolsonaro vem repetindo que aceitará o resultado desde que a eleição seja "limpa e transparente".
Segundo a revista, as insinuações de Bolsonaro sobre eventuais irregularidades não têm fundamento e ele nunca apresenta provas que sustentem as suspeitas.
A "The Economist" afirma ainda que as eleições no Brasil são limpas e transparentes, e que o sistema é seguro e "difícil de adulterar".
 
"Aqui está o ponto: Bolsonaro continua dizendo que as pesquisas estão erradas e que ele está a caminho de vencer. Ele continua insinuando, também, que a eleição pode de alguma forma ser manipulada contra ele. Ele não oferece nenhuma evidência confiável, mas muitos de seus apoiadores acreditam nele. Ele parece estar lançando as bases retóricas para denunciar fraude eleitoral e negar o veredito dos eleitores", afirmou a revista.
 
A reportagem cita também que Bolsonaro foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer oficialmente a vitória do presidente Joe Biden sobre Trump em 2020. O texto afirma que Bolsonaro tem "instintos autoritários" e que costuma exaltar a ditadura militar brasileira.
Ele planta a divisão: o outro lado não é só meramente errado, é diabólico. Ele desdenha as críticas como 'fake news'. Seus instintos são tão autoritários quanto os de Trump: ele é nostálgico sobre os dias de governo militar no Brasil. Um de seus filhos, que também é um dos seus conselheiros mais próximos, aplaudiu os invasores do Capitólio. Bolsonaro foi um dos últimos líderes mundiais a aceitar que Biden venceu", completou a revista.
 
Leia também no Brasil 247 e em The Economist.
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