Nesta quinta-feira, 25, Lula estará dando entrevista na Globo, depois de ter sido alvo da maior campanha de ódio já promovida por um grupo de comunicação contra uma liderança política na história do Brasil, comparável apenas à que foi empreendida contra Getúlio Vargas. . A Globo foi a principal avalista da Lava Jato, que destruiu as construtoras brasileiras, eliminou 4,4 milhões de empregos e criou as condições políticas para o golpe de estado de 2016 contra Dilma e para a prisão política de Lula, em 2018. O resultado de toda essa destruição nacional foi a ascensão do “governo” de Michel Temer, considerado ilegítimo e que efetivamente transferiu a renda do petróleo aos acionistas privados, como a Globo desejava, e a ascensão também do governo neofascista, de Jair Bolsonaro, em 2018 – o que só ocorreu porque Lula foi impedido, artificialmente, de disputar as eleições.
As consequências deste golpe institucional e midiático foram a volta da fome, a desmoralização internacional do Brasil e um clima de violência política inédito na história do País, que ameaça a própria Globo, uma vez que Jair Bolsonaro aparentemente indica que não pretende renovar a concessão da emissora e ataca sistematicamente o jornalismo. Depois de todo esse estrago, a Globo, que pariu o fascismo neoliberal no Brasil, recebe hoje o ex-presidente Lula na sabatina do Jornal Nacional. O mais provável é que a emissora cobre de Lula uma autocrítica e não faça a sua própria reflexão sobre qual foi seu papel na destruição da economia, da imagem e da autoestima do Brasil.
Na noite de ontem, Lula, que hoje lidera todas as pesquisas eleitorais e é a esperança dos brasileiros na luta contra o fascismo, convocou seus seguidores para a entrevista. Bolsonaro já deve estar desde cedo sentado diante da TV...