18/08/2022 às 09h37min - Atualizada em 18/08/2022 às 09h37min

ENTRA MANDATO, SAI MANDATO... E É TUDO IGUAL:

REALIZAÇÕES’ EM CIMA DA ELEIÇÃO...


 
As medidas econômicas adotadas pelo governo Bolsonaro nas últimas semanas (redução nos preços da energia e dos combustíveis e aumento do Auxílio Brasil), a menos de dois meses das eleições, devem levar algum aumento nas intenções de voto em Bolsonaro, com acirramento das campanhas eleitorais.
A previsão é de Richard Back, chefe de análise política da XP Investimentos.
"Acho que o Bolsonaro tem mais cara de 40% de intenções de voto do que cara de 30%. O atual presidente vai subir nas pesquisas e vai ser muito mais apertado do que parecia antes", afirmou Back, durante participação em evento da gestora TAG Investimentos nessa quarta-feira, 17, em São Paulo – querendo dizer, obviamente, que Bolsonaro vai perder de qualquer jeito...
 
Mas não adianta essa tentativa de chover no molhado. A pesquisa de intenções de voto realizada pelo Datafolha no final de julho colocou Lula com 52% das intenções de votos válidos, contra 32% de Bolsonaro.
Back afirma, sem justificativa, que “essa subida vai assustar o PT, vai assustar o Lula, e aí a campanha vai ficar cada vez mais movimentada e agressiva. Não vai ser campanha de grandes debates, vai ser campanha de grandes pancadarias", afirmou.
 
Ele disse também que um "terceiro turno" — um cenário em que o presidente Bolsonaro perde as eleições e passa a questionar os resultados — é um risco presente no radar dos investidores, tanto no Brasil como no exterior.
Back afirmou ser possível que, nas semanas seguintes à eleição, haja algum "agito" entre o eleitorado bolsonarista, com manifestações contrárias à vitória de Lula e ao processo eleitoral de forma geral.
"Acredito em algum nível de agitação", disse, acrescentando que prevê uma vitória do ex-presidente Lula nas eleições. E, onde ele fala “agitação”, pode-se entender como tentativa de golpe.
 
Luis Stuhlberger, da Verde Asset, afirmou recentemente que um questionamento sobre o resultado das eleições é o maior risco hoje no mercado brasileiro.
"Se tivermos 15 dias de bagunça pós-eleições, é difícil termos um mercado muito tranquilo em uma situação como essa, mesmo que não dê em nada", afirmou Tiago Berriel, estrategista-chefe do BTG Pactual Asset Management, também presente no evento da Tag.
 
Já o analista do Daqui&Dali concluiu que o melhor que Bolsonaro faz é preparar o voo para os States...
 
 
Leia também na Folha e no Brasil247.

 
Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Daqui&Dali Publicidade 1200x90