Os organizadores dos atos em defesa da democracia marcados para o dia 11 de agosto já planejam uma maratona de eventos entre a data e o dia 7 de setembro, para manter a mobilização contra os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral, considerados golpistas. A ideia é manter os movimentos e entidades de amplos setores que endossaram documentos em defesa da democracia a se manterem alertas, e também manter o assunto na mídia.
O TEMPO TODO Um dos empresários envolvidos na mobilização para os atos diz que o preço da liberdade é a eterna vigilância. E que não dá para deixar Bolsonaro dominar a cena com ataques golpistas nas semanas que separam o ato de agosto do 7 de setembro. É necessário seguir reagindo à altura do risco que as investidas bolsonaristas representariam.
Entre os eventos estão a entrega de documentos em apoio ao sistema eleitoral aos tribunais de Brasília, em especial ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), e encontros com os presidenciáveis que endossaram os manifestos. Um deles – a "Carta às brasileiras e aos brasileiros em apoio ao Estado Democrático de Direito" – já conta com quase 800 mil assinaturas.
O texto foi endossado por banqueiros como Pedro Moreira Salles e Roberto Setubal, empresários como Fabio Barbosa e Pedro Passos, políticos como Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e personalidades como Chico Buarque e Luciano Huck, além de centenas de economistas, advogados, procuradores, artistas e profissionais de diversas outras categorias.
CANETA SECA Bolsonaro não quis assinar até agora nenhum dos documentos que foram divulgados. E ironizou as iniciativas publicando em seu Twitter uma "carta de manifesto em favor da democracia". Além disso, atacou empresários e banqueiros que endossaram a iniciativa, chamando o texto em favor da democracia de "cartinha".
Esquece que são essas "cartinhas" que podem despachá-lo do seu ‘trono’...