22/07/2022 às 12h52min - Atualizada em 22/07/2022 às 12h52min

PARA QUE LADO VAI A ESQUERDA?

A ESQUERDA TEM QUE AVANÇAR.



O Rio de Janeiro e o Ceará são dois estados cruciais para a eleição presidencial. São dois lugares com uma presença forte do bolsonarismo – e, logo aí (pasmem!), surge uma crise no campo progressista. No Rio, a aliança entre Lula, PT, e o deputado Marcelo Freixo, PSB, ficou ameaçada depois que o PSB decidiu lançar o deputado Alessandro Molon (do PSB também do Rio) ao Senado, quebrando um acordo com o PT, que tem como pré-candidato o presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano. Em resposta, o PT decidiu convidar o prefeito Eduardo Paes, do PSD, para coordenar a campanha de Lula no estado. No Ceará, a aliança de 16 anos entre PT e PDT foi quebrada, graças à ala cirista do PDT, que aprovou o nome de Roberto Cláudio, ex-prefeito de Fortaleza, para disputar o governo estadual, preterindo a atual governadora Izolda Cela, que teria o apoio petista. Com essa divisão, os que se fortalecem são o bolsonarista Capitão Wagner e a direita liderada pelo governador Claudio Castro, enfiando uma estaca no campo progressista.
Isso pode atingir fortemente a candidatura de Marcelo Freixo (que tem perfil mais à esquerda e mais identificada com pautas de costumes) e complica o crescimento de Lula no Rio de Janeiro, estado com forte presença evangélica, onde a diferença entre Lula e Bolsonaro já foi maior e vem se estreitando perigosamente. Por isso mesmo, procura-se uma aliança com Rodrigo Neves, do PDT, e Felipe Santa Cruz, do PSD, com apoio do prefeito Eduardo Paes, para uma candidatura mais ao centro, para enfrentar Cláudio Castro e Jair Bolsonaro. O Rio certamente será decisivo na disputa presidencial. Mas essa brigaiada vai dificultar a tarefa de Ceciliano para expurgar o bolsonarismo do estado onde se criou.
 
Há também o sonho de costura de um acordo muito difícil, mas não impossível, que envolveria a saída de Ciro Gomes da disputa presidencial, numa aliança para que o PDT fique com dois estados importantes: Ceará e Rio de Janeiro. Caso se construa este acordo, o PT apoiaria o PDT nesses dois estados, deixando de lançar candidatura própria no Ceará e apoiando Rodrigo Neves no Rio, opção em que Freixo disputaria o Senado. Com isso, avalia-se que seria possível resolver a eleição nacional no primeiro turno e derrotar o bolsonarismo no Rio e no Ceará.
Nesse sentido, os estados dizem amém...
 
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