A derrota de Bolsonaro está chegando a cavalo, em velocidade relâmpago, que nem Rigoni ou Bequinho poderiam alcançar. Todas as pesquisas, todos os indicadores, todas as pessoas que vão e vêm por terras brasileiras – e mesmo por terras estrangeiras –, todos querem que Bolsonaro não seja apenas derrotado, mas que fique longe, bem longe do nosso futuro. Isso será ótimo, claro, mas ainda temos que superar os problemas imediatos.
A principal e mais urgente iniciativa é garantir a segurança das urnas. Bem ao estilo Trump, Bolsonaro pretende anular a sua derrota jogando a culpa em nosso excelente sistema de votação eletrônica – e com isso faz um papelão. Coloca seus generais para provocar o STF (Superior Tribunal de Justiça) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Faz verdadeira arruaça. Deveria ser detido por atentado contra a ordem. Mas, tudo bem, digamos que faz parte da democracia. O importante é não permitir que ele destrua o voto eletrônico.
A outra grande – e difícil – iniciativa é a de criar condições para que o os nossos eleitores possam circular pelas ruas em segurança, sem precisar desviar por aqui e por ali para escapar da violência bolsonárica. Hoje mesmo, 16jul2022, na Tijuca, bairro do Rio de Janeiro, a deputada Jandira Feghali, do PCdoB, teve que ser durona, para enfrentar a fúria bolsonarista. Eles não queriam que ela encontrasse seus eleitores, conversasse com eles, distribuísse material de campanha. E exemplos assim existem aos montes, contra PT, PSOL, contra todos os que apoiam Lula.
Felizmente, não existe saída para esses marginais da política. E temos certeza que, após a eleição, esses bolsonáricos estarão espalhados por aí, em busca do tempo perdido.
