01/07/2022 às 07h51min - Atualizada em 01/07/2022 às 07h51min

QUE DROGA!

BRAGA DISSE QUE NÃO VAI TER ELEIÇÃO...



O general Walter Braga Netto, PL, pré-candidato a vice de Bolsonaro, disse em encontro com empresários da FIRJAN (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) que, se não for feita a auditoria dos votos defendida pelo presidente, “não tem eleição”.
Como assim, general?!?!??? Tá planejando um golpe militar?
 
Essa fala golpista de Braga Netto foi na última sexta-feira, 24, dois dias antes de ele ser oficializado como vice. E causou constrangimento entre os 40 empresários selecionados a dedo pela federação empresarial para um discreto encontro dedicado oficialmente à apresentação de pleitos do Rio ao "assessor especial da presidência da República".
 
Longe da imprensa e frente a uma audiência que seria simpática, Braga Netto soltou o verbo e repetiu o papo furado de Bolsonaro sobre a segurança da urna eletrônica – como todos sabem, ao contrário do que diz o presidente, os votos no Brasil são auditáveis.
 
Segundo relatos, a sala foi tomada por um incômodo silêncio após a declaração. Mas não houve protestos ou questionamentos à fala do militar da reserva, que estava acompanhado do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, pré-candidato a deputado federal pelo PL. (Meu Deus!)
 
Braga Netto recebeu de estrategistas de Bolsonaro a missão de ajudar na arrecadação de recursos para a campanha.  A previsão da cúpula é de que ele se dedique a viajar pelos estados onde estão os principais doadores.
A visita ao Rio se deu em razão da proximidade com o empresariado fluminense desde o período em que foi interventor federal no estado, durante o último ano do governo Temer, em 2018.
A insistência na ameaça de rompimento (será uma tentativa de golpe?) com base em teses conspiratórias coincide com a onda de notícias ruins que se abateu contra o governo Bolsonaro nas últimas semanas.
Escândalo na Caixa: Fora do governo, Pedro Guimarães deve receber mais de R$ 330 mil por 6 meses.
Assédio sexual: Pedro Guimarães já protagonizou episódios de assédio antes de chegar à Caixa.
 
Além da prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, o Planalto se vê diante da suspeita de interferência de Bolsonaro na Polícia Federal, da piora dos índices econômicos e da estagnação bolsonarista no último Datafolha. O escândalo que derrubou Pedro Guimarães da presidência da Caixa Econômica, que explodiu na última terça-feira, 28, somou-se à lista nos últimos dias.
 
No início do mês, Bolsonaro aproveitou sua passagem pelo Rio para disparar ameaças ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao sistema eleitoral durante reunião com a Associação Comercial fluminense.
Em julho de 2021, o Estadão relatou que Braga Netto teria feito a mesma ameaça ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por meio de emissários.
Tanto Lira quanto o general da reserva foram cobrados pelo então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, pela suposta declaração. Ambos negaram que o diálogo tenha ocorrido, e o jornal reiterou o teor da reportagem.
Procurada, a Firjan informou que não comentará o episódio.
 
O Daqui&Dali ainda não foi procurado por Bolsonaro, mas quer deixar bem claro que é radicalmente contra golpe de estado...
 
Leia também no Brasil247 e no Globo.
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