Aparentemente, o Globo resolveu assumir de vez o bolsonarismo. Diz no seu editorial que o programa de Lula, que gerou ciclo inédito de prosperidade no Brasil, "não tem cabimento". O Grupo Globo prefere apoiar a "ponte para o futuro" de Temer, programa que deixou 33 milhões de brasileiros passando fome.
Lula governou durante oito anos, produzindo um ciclo inédito de prosperidade econômica no país, com crescimento médio de 4,5% ao ano, criação de 10 milhões de empregos, acumulação de mais de US$ 300 bilhões em reservas internacionais, valorização recorde do mercado acionário, obtenção do grau de investimento, redução da dívida interna de 60% para 35% do PIB e controle da inflação. Mas o Globo diz, em editorial publicado neste sábado, 25, que o programa Lula-Alckmin "não tem cabimento". Como assim?
"A chapa Lula-Alckmin continua firme na liderança das pesquisas eleitorais, mas as dúvidas sobre o governo que resultará desse casamento improvável ainda despertam preocupação. Não há melhor evidência disso do que as novas 'diretrizes' para o programa de governo apresentadas nesta semana", escreve o editorialista do jornal que apoiou o golpe de estado contra Dilma e apoia a "ponte para o futuro" implementada por Temer – um programa que colocou 33 milhões de brasileiros passando fome, permitiu o saque do patrimônio estatal por oligarcas brasileiros e internacionais, trouxe de volta a inflação com a disparada dos combustíveis e vem destruindo as perspectivas de desenvolvimento do Brasil.
"A chapa Lula-Alckmin faria bem em entender as circunstâncias de 2022. Uma eventual vitória não pode representar a aprovação de um programa de governo que, nos raros casos em que não é vago, está simplesmente errado", diz o Globo, sem fazer autocrítica por ter apoiado o programa de destruição da economia brasileira.
Pensando bem, é natural que o Globo defenda essa linha. Percebeu que o atraso não tem futuro. E resolveu parar no tempo definitivamente.
