21/06/2022 às 09h12min - Atualizada em 21/06/2022 às 09h12min

MINISTRO DA JUSTIÇA AMEAÇA O TSE!

QUE JUSTIÇA É ESSA?


 
A palavra justiça vem do latim justitia, que, além do sentido de “direito escrito, leis”, tinha os de equidade, justeza, exatidão (do peso), bondade, benignidade, afabilidade e brandura, segundo o clássico “Dicionário Latino-Português” de Saraiva. Que acrescenta outra informação curiosa: a palavra derivou do adjetivo justus e não o contrário, o que sugere a existência de um solo intuitivo de percepção daquilo que é justo – que tem a devida medida, conveniente, suficiente, legítimo, como está no dicionário – antes que sobre ele se erguesse a catedral das leis.
Tudo muito bonito. Mas será que o ministro da Justiça, Anderson Torres, sabe disso. Ele simplesmente, em ofício, a Edson Fachin que a Polícia Federal poderá ter mecanismo próprio de auditoria das urnas eletrônicas! É uma ameaça suprema!!
Tudo isso porque Bolsonaro já percebeu que não se reelegerá, rejeitado por cerca de 60% dos brasileiros. Em vez de ameaçar os 220 milhões de brasileiros, resolveu ameaçar aqueles Supremos Juízes que têm o dever (e cumprem) de proteger a urna eletrônica que revelarão os votos da próxima eleição presidencial.  
Segundo informa a colunista Bela Megale, do Globo, "o Ministério da Justiça enviou um ofício ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na sexta-feira passada, para informar que participará, por intermédio da Polícia Federal, de todas as etapas de fiscalização e auditoria das urnas eletrônicas e de 'sistemas e programas computacionais eleitorais'. A pasta menciona, inclusive, a possibilidade de desenvolver 'programas próprios' para verificação dos equipamentos. A comunicação, de tom incisivo, é inédita e causou estranheza entre alguns membros do tribunal, já que PF é parceira histórica do TSE e já particiona de todas as etapas do processo eleitoral, como testes de segurança de urnas e softwares e demais mecanismos envolvendo o pleito. O documento obtido pela coluna é assinado pelo ministro da Justiça, Anderson Torres, e endereçado ao presidente da corte, Edson Fachin", escreve a jornalista.
“Informo ainda que a necessidade de participação da PF na fiscalização e auditoria relativas ao emprego da urna eletrônica (sistema eletrônico de votação), inclusive com a possibilidade de desenvolvimento de programas próprios de verificação (art. 15 da Resolução no 23.673/2021), visa resguardar o estado democrático de direito, que exige integridade e autenticidade dos sistemas eleitorais, consagrando, assim, uma eleição escorreita”, escreveu Torres, sem ‘escorreitações’, no ofício de 17 de junho.
De acordo com as pesquisas eleitorais, a disputa pode ser decidida já em primeiro turno, com vitória imediata de Lula. É isso que leva bolsonaristas a agitar cada vez mais a bandeira do golpe de estado, usando as urnas como bode expiatório para a derrota inescapável.
 
Presidente Bolsonaro, senhores oficiais militares: vão parar com essa bobagem aí! A Justiça não é vermelha nem preta nem furta-cor. E O país conta com vocês para ser conduzido com seriedade.
 
Leia também no Brasil247 e na coluna de Bela Megale.



 
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