18/06/2022 às 08h40min - Atualizada em 18/06/2022 às 08h40min

KASSIO NUNES MARQUES TERIA IDO A ROLAND GARROS.

BANCADO POR ADVOGADO COM AÇÕES NA CORTE.


 
Teria sido de jatinho. As despesas teriam sido pagas por um advogado. O ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), teria feito uma viagem bate-e-volta de Brasília a Paris no fim do mês passado para assistir à final da Champions League e a jogos do torneio de tênis de Roland Garros. Ah, no tour também teria ido ao GP de Mônaco de Fórmula 1, disputado naquele mesmo fim de semana.
 
A viagem teria tido a companhia de pelo menos um de seus filhos. O jatinho usado pelo ministro seria um luxuoso Citation X. O custo da viagem poderia ter sido de R$ 250 mil.
A aeronave, de prefixo PR-XXI, teria como sócio o advogado Vinícius Peixoto Gonçalves, dono de um escritório no Rio de Janeiro.
Teria sido o advogado quem pôs o avião à disposição do ministro para a viagem. Gonçalves atuaria em processos em curso no STF e já teria sido denunciado pelo Ministério Público Federal como operador financeiro do ex-ministro das Minas e Energia Edison Lobão. O nome dele teria aparecido nas investigações sobre pagamentos de propina relacionados às obras da usina nuclear de Angra 3 – um nome atômico...
 
Nunes Marques teria embarcado no setor de aviação executiva do aeroporto de Brasília no fim da tarde de 26 de maio, uma quinta-feira.
Depois de uma escala rápida em Cabo Verde, na costa africana, o jatinho teria seguido direto para o aeroporto de Le Bourget, nas proximidades de Paris.
A viagem de volta a Brasília teria tido início na segunda-feira, dia 30. O ministro teria pousado na cidade no início da madrugada de terça.
 
“Vinícius Gonçalves, citado pela reportagem, não pagou qualquer despesa do ministro. O advogado também nunca pôs avião à disposição do ministro. Nunca tiveram contato anterior à viagem, nem pessoal, nem telefônico”, afirma nota.
O texto, em seguida, recorre a um tempo verbal incomum, o pretérito mais-que-perfeito, para negar que Kassio Marques tenha aproveitado a oportunidade para ver jogos do torneio de Roland Garros e o GP de Mônaco.
“O jornalista também erra ao afirmar ter ocorrido um tour, pois o ministro jamais fora (sic) a Mônaco ou a Roland Garros. A matéria, portanto, baseia-se em informações erradas para criar um contexto que não existe”, prossegue.
 
A coluna mantém as informações publicadas. Na parte relativa à extensão do tour ao torneio de Roland Garros e ao GP de Mônaco, a programação da viagem incluía, sim, esses dois eventos, para além da final da Champions League.
 
Espera-se que o ministro, em vez de fazer ginástica com as palavras para tentar desmentir um fato escandaloso, explique o que estava fazendo a bordo de um jatinho privado de propriedade, repita-se, de um advogado que teria causas na Corte da qual ele faz parte.
 
Mon Dieu! Ce monde est perdu!
Leia na Coluna Rodrigo Rangel e no Brasil247.
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