02/06/2022 às 08h37min - Atualizada em 02/06/2022 às 08h37min

“SOBERANIA TEM QUE GARANTIR EMPREGO, COMIDA NA MESA E RESPEITO AO MEIO AMBIENTE”

SÃO PALAVRAS DE LULA.


 
Foi em um ato em defesa da soberania na noite desta quarta-feira, 1, em Porto Alegre, RS, que Lula da Silva afirmou que defender soberania não é só cuidar das fronteiras e das riquezas naturais, mas também garantir que as pessoas vivam com dignidade e tenham direito a emprego, salário e a comer três vezes ao dia. Lula considera que a soberania brasileira está se esvaindo, com o governo Bolsonaro destruindo um patrimônio construído ao longo dos séculos 20 e 21.
 
“Um país pode ter toda a riqueza do mundo, mas se o povo não tiver o direito de tomar café da manhã, almoçar e jantar, esse país não é soberano. Um país pode ter toda a riqueza do mundo, mas se o povo não tem emprego e salário que dê para sustentar a família, onde está a soberania? Um país pode ter toda a riqueza do mundo, mas se o governante não cuida de forma responsável da política ambiental, para evitar o plantio de coisas desnecessárias em áreas que precisam ser preservadas, cadê a nossa soberania? A nossa soberania não pode ser um discurso, ela tem que ser uma prática”.
 
Foi no encontro com partidos aliados no Rio Grande do Sul, em evento com presença de Dilma, dos ex-governadores gaúchos Tarso Genro e Olívio Dutra, Roberto Requião (PR) e Geraldo Alckmin (SP). Lula afirmou que a soberania que defende passa por dignidade e por um país civilizado, humanista e solidário, a partir do princípio de tratar a todos com igualdade de condições.
“Nós vamos governar esse país que nem disse o nosso companheiro Chico Buarque para a Dilma, um país que não fala fino com os Estados Unidos nem grosso com a Bolívia. Queremos tratar todos em igualdade de condições, todos com respeito porque é esse país civilizado, humanista e solidário que quer comprar livros e distribuir de graça, proibir armas e evitar o genocídio”, afirmou.
 
Lula lembrou que, em seu governo, quando o pré-sal foi descoberto, foi tomada a decisão de que o petróleo seria do povo brasileiro e que a grande reserva descoberta seria um passaporte para o futuro do país. Ele disse que as medidas tomadas contrariaram a indústria que queria ver a companhia privatizada, plano que o governo Bolsonaro quer tirar do papel. Lula afirmou que, diferentemente do discurso de que concorrência reduz o preço, o que o Brasil vive depois da venda da BR Distribuidora é preços de combustíveis altos como nunca antes.
“Como é possível, a gente virou autossuficiente em petróleo e a gente não pode sequer comprar botijão de gás de 13 kg? Durante todo o nosso governo, a gente não aumentou o gás porque o gás na verdade é um elemento da cesta básica. Hoje o gás, tem estado que está a 150 reais o botijão. Como sobrevivem os caminhoneiros pagando o diesel que estão pagando e ainda assaltados pelos pedágios? Tudo isso reflete na comida que a gente come porque 50% da inflação são dos preços controlados pelo governo. E por que isso? É por causa da guerra na Ucrânia? É por falta de vergonha de quem governa esse país e de quem dirige a Petrobras”.
 
O ex-governador Tarso Genro afirmou que um eventual retorno de Lula ao governo significa a derrota do fascismo e o resgate da soberania, da democracia e da República. “Se não, não tem futuro para ninguém”.
 
Roberto Requião, ex-governador do Paraná, lembrou do papel fundamental do Rio Grande do Sul para a defesa da soberania brasileira e disse que nunca, desde a independência, ela foi tão aviltada como nos últimos anos. “Nenhum dos pressupostos que sustentam a soberania restou intocado de 2015 para cá”.
 
A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que soberania é também um estado forte e de desenvolvimento. “Um país soberano não pode ter fome e desemprego. Tem que ter acesso a educação, saúde, direitos e respeito a todos. Um país soberano a gente constrói no dia a dia com solidariedade e amor”.
 
Um país soberano, portanto, não pode continuar com Bolsonaro.
 
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