26/04/2022 às 07h18min - Atualizada em 26/04/2022 às 07h18min

MILTON RIBEIRO DISPARA ARMA NO AEROPORTO

SERIA ENGRAÇADO, SE NÃO FOSSE PATÉTICO

 
O ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, aquele das bíblias, disparou uma arma nesta segunda-feira, 25, enquanto fazia check-in no balcão de uma companhia aérea no aeroporto de Brasília. Segundo ele, o disparo foi acidental. Mas poderia ter dito que foi idiotal.
Felizmente, ninguém se feriu, e Milton Ribeiro foi encaminhado à Polícia Federal para esclarecer “que que é que foi isso?!”.
 
No depoimento, Miltão disse que o disparo acidental de seu revólver foi em uma tentativa de tirar suas munições sem expor a arma publicamente. Kkkkkkkkkkkkkkk.
Ele afirmou que abriu sua pasta de documentos para pegar sua arma e separá-la do carregador.
 
"O declarante com medo de expor sua arma de fogo publicamente no balcão, tentou desmuniciá-la dentro da pasta, ocasião em que ocorreu o disparo acidental", diz trecho bem engraçado do depoimento.
 
Segundo o ex-ministro, o espaço dentro da pasta ficou "pequeno para manusear a arma".
O disparo perfurou o coldre onde estava a arma, a pasta e se espalhou no chão no aeroporto.
"Após o acontecido, o próprio declarante indagou às pessoas que foram ao local do incidente se alguém havia sido atingido pelos estilhaços, momento em que não apareceu qualquer vítima", consta no depoimento dado na superintendência da PF no Distrito Federal. (mais risadas, por favor)
 
O pastor já é alvo de inquérito na PF aberto para apurar as suspeitas sobre a atuação dos pastores Gilmar Santos e Arílton Moura na liberação de verbas do MEC e do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), um tiro que saiu pela culatra.
 
Ele pediu demissão do cargo em 28 de março, uma semana após a Folha revelar a gravação em que ele diz priorizar a liberação de verbas a prefeitos indicados pelos pastores.
"Foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do pastor Gilmar", diz o então ministro na conversa em que participaram prefeitos e os dois religiosos.
 
Os dois pastores têm proximidade com Bolsonaro desde o primeiro ano do governo. E documento divulgado pelo Gabinete de Segurança Institucional na quinta, 14, mostra que Moura esteve no mínimo 35 vezes no Palácio do Planalto desde o início do governo Bolsonaro. Em 10 delas, o pastor Gilmar Santos estava junto.

Após a divulgação do áudio, os prefeitos afirmaram que os dois pastores pediam propina em troca da atuação na liberação de verbas.

O prefeito Gilberto Braga, PSDB, do município maranhense de Luis Domingues, segundo o Estadão e a Folha, disse que Arilton Moura pediu 1 kg de ouro para conseguir liberar verbas de obras de educação para a cidade.
O prefeito de Piracicaba, SP, Luciano Almeida (União Brasil), por sua vez, afirmou à Folha ter recebido pedido de dinheiro para que o município abrigasse um evento com a presença de Ribeiro em agosto de 2021.
Dados oficiais da pasta mostram uma explosão de aprovações de obras, ausência de critérios técnicos, burla no sistema e priorização de pagamentos a aliados.
Uma das formas utilizadas para atender aos pleitos de políticos e dos pastores foi fracionar empenhos (que reservam o dinheiro de obras) em pequenas quantias.
O valor total foi autorizado. Entre 2017 e 2019, a média de valores aprovados por ano pelo FNDE era de R$ 82 milhões. Em 2020, disparou para R$ 229,4 milhões e, no ano passado, para R$ 441 milhões.

Aparentemente, tudo dispara na mão do Miltão...
 
Leia também na Folha e no Brasil247.
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