Fernando Haddad, o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, afirma que vai convidar o PSOL e a Rede, que se uniram em uma federação, para integrar sua chapa na disputa pela sucessão de João Dória (PSDB-SP). E mais: o PT, segundo ele, deve apoiar a candidatura de Guilherme Boulos a prefeito de São Paulo em 2024, o que é ótima sinalização.
Ele fez a declaração no mesmo dia em que Boulos declarou que não vai mais se candidatar ao governo de SP, abrindo espaço para uma composição em torno de Haddad. "Vou procurar o PSOL e a Rede. Sabemos que o nosso desafio é enorme e ainda falta muito tempo para as eleições. Mas essa é a primeira vez em que podemos, de fato, ter um governo progressista em São Paulo", afirmou Haddad a Mônica Bergamo.
Ele disse ainda que o PT deve abrir mão de lançar um candidato a prefeito de São Paulo em 2024 para poder apoiar o nome de Boulos. "O PT já manifestou a intenção de apoiar Boulos a prefeito em 2024. Isso segue em nosso radar", diz ele.
Boulos já anunciou que, este ano, será candidato a deputado federal e pregou a união da esquerda, a necessidade de que as forças progressistas atuem para ampliar a bancada no Congresso Nacional. Ele ainda mostrou que defenderá que o PSOL apoie o Haddad ao governo de SP. "O Haddad é hoje o candidato que está melhor posicionado dentro do campo progressista", disse o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Sobre a possibilidade de o PT apoiá-lo em 2024 para prefeito, ele respondeu: "Nós, do PSOL, fomos ao segundo turno das eleições municipais em 2020, quando ninguém acreditava nisso. Fizemos uma bela campanha, que mobilizou muita esperança na cidade. Eu espero que o campo progressista tenha a compreensão da unidade necessária para que a gente possa vencer a eleição na maior cidade do país em 2024. Mas o meu foco agora está na batalha deste ano".
Boulos ainda disse que uma de suas metas é impedir que Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho de Bolsonaro, seja de novo o candidato a deputado mais votado no estado. Segundo ele, é preciso derrotar Bolsonaro "e derrotar o seu filhote na eleição para deputado". Avante, Boulos!
