18/03/2022 às 07h51min - Atualizada em 18/03/2022 às 07h51min

​PETROBRÁS VAI PRO FLAMENGO

SAI SILVA E LUNA E ENTRA RODOLFO LANDIM

 
Bolsonaro encontrou a solução para afastar Joaquim da Silva e Luna da presidência da Petrobrás: vai simplesmente tirar o seu nome da lista de nomes enviados para compor o conselho da empresa a partir de assembleia de acionistas marcada para 13 (epa!) de abril. O estatuto da companhia determina que o presidente tem que ser conselheiro – logo, Luna estará automaticamente destituído.
Em seu lugar, deve entrar o atual presidente do clube Flamengo, Rodolfo Landim. Ele já foi indicado para a presidência do conselho, mas passaria o cargo a outra pessoa e ficaria apenas no comando da companhia, já que o estatuto da Petrobrás não permite que o mesmo executivo presida a empresa e o conselho.
 
A mecânica é a mesma da saída do ex-presidente da companhia, Roberto Castello Branco, que saiu no ano passado, depois de divergências com Bolsonaro a respeito do preço de combustíveis. Castelo Branco teve o nome retirado da lista de conselheiros um mês antes na assembleia e não pôde permanecer no cargo. 
 
Dentro do governo, ainda há divergências sobre a conveniência de fazer isso neste momento. Alguns ministros de Bolsonaro, como Fábio Faria, das Comunicações, acham que a mudança poderia prejudicar a campanha à reeleição, em um momento que as pesquisas qualitativas de Bolsonaro mostram queda na rejeição.
Outros, especialmente os da ala militar, acreditam que Silva e Luna tem que sair, porque não "cumpriu a missão" para o qual foi chamado ao ser nomeado para a presidência da petroleira – controlar o preço dos combustíveis.
 
Segundo pessoas ligadas a Bolsonaro, Landim teria garantido que "resolve o problema" da alta de preços dos combustíveis.
Como será isso exatamente não se sabe. Talvez seja o forte apoio que ele conta no Centrão, representado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, e pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, que vem atacando publicamente a política de preços da Petrobrás.
 
Pelas regras da Petrobrás, para demitir seu presidente, o acionista controlador – no caso, o governo federal – precisaria submeter a proposta ao conselho de administração e enfrentar uma discussão com acionistas minoritários. Mas, para indicar seus conselheiros, o governo não precisa dar satisfação a ninguém.
 
Tá na cara que ainda tem muita manga pra pano. Haverá grande discussão sobre a retirada do nome, já que as regras da companhia preveem que os assuntos a serem votados na assembleia têm que ser submetidos com antecedência de 30 dias aos acionistas.
 
Mas o governo de Bolsonaro não está nem aí...
 
Leia também no Globo e no Brasil247.
 

 
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