14/03/2022 às 11h13min - Atualizada em 14/03/2022 às 11h13min

BOLSONARO É UMA BOMBA!

NÃO ENTENDE NEM DE GASOLINA, NEM DE PREÇO, NEM DE CONSUMIDOR...



Bolsonaro disse que notificaria postos de combustíveis que não diminuíssem os preços. Cabra macho! Mas, aí, os representantes do setor responderam que os preços provavelmente vão cair, mas que notificações não seriam muito efetivas, já que não há tabelamento para esse tipo de produto.
 
Paulo Roberto Tavares, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal (Sindicombustíveis DF), disse que, se houver uma notificação aos postos, a resposta deverá ser a mesma de quando isso aconteceu durante a greve dos caminhoneiros em 2018.
— Das últimas vezes que isso aconteceu, a resposta foi em cima dessa base, o produto não é tabelado. Perante a lei, não há nada que impeça a livre fixação de preços — disse.
 
No sábado, Bolsonaro afirmou que iria conversar com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para verificar “o que já foi feito” para notificar os postos de que “tem que baixar” o preço do diesel em R$ 0,60.
 
Renovação de estoques
Essa seria a redução pela sanção do projeto que zera a cobrança de PIS/Cofins do diesel até o fim do ano e muda a cobrança do ICMS.
De acordo com Tavares, os preços devem cair por conta dessas duas medidas, mas ele argumenta que se Bolsonasro quisesse uma redução de exatamente R$ 0,60, precisaria aprovar uma lei dizendo isso.
— Notificar é uma coisa, agora exigir que ele repasse é outra. Acho que os revendedores vão repassar, até porque quanto maior preço, menos clientes temos — afirmou.
 
João Carlos Dal’Aqua, presidente do SulPetro, que representa os postos de combustíveis no Rio Grande do Sul, disse que o repasse da queda nos preços pode levar um tempo, já que depende da renovação dos estoques.
— Assim que houver condições, começarmos a receber preço mais baixo e desovar o estoque, vamos praticar o preço necessário com certeza. Agora, ninguém é mágico de pegar um estoque que existe e vender a um preço menor do que comprou, não tem lei que obrigue a isso. É uma transição que vai ocorrer — ressaltou.
 
Competição no setor
O presidente do sindicato afirmou que a competição deve garantir que os preços mais baixos sejam repassados. Sobre o possível recebimento de notificação, Dal’Aqua disse que a pressão por preços sempre “estoura” no posto.
— A gente já está acostumado com essa pressão. Quando há esses movimentos radicais como estão acontecendo agora, o único elo em que os órgãos de fiscalização efetivamente atuam é em cima dos postos. Eles não vão nas distribuidoras, na refinaria, ver o que tem de estoque — contou.
 
Para Rafael Macedo, presidente do Minaspetro, associação do mercado varejista de combustíveis de Minas Gerais, as afirmações do presidente são “populistas” e ressalta que a redução de R$ 0,60 ainda não chegou ao revendedor.
 
Em janeiro de 2008, o preço do barril superou a marca de US$ 100 pela primeira vez na história, devido às tensões geopolíticas no Irã, na Nigéria e no Paquistão. Tanto o Brent, referência no mercado europeu e no Brasil, como o WTI, referência nos EUA, atingiram seu máximo histórico em 11 de julho: US$ 147,50 o barril do Brent e US$ 147,27 o do WTI.
 
Talvez a solução seja botar Bolsonaro para andar...
 
Leia também no Globo e no Brasil247.
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