O jornal Jerusalem Post publicou nesta terça-feira, 8, reportagem com os bastidores do encontro entre o primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, e Vladimir Putin, em Moscou, no último sábado, em pleno shabat. “A Rússia ofereceu uma versão ‘final’ de sua oferta” a Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, e disse que só existe uma opção: “aceitar ou recusar”.
Os termos seriam simples e diretos: 1) reconhecimento das repúblicas de Donetsk e Luhansk; 2) promessa de não adesão à OTAN e neutralidade; 3) redução do exército ucraniano a uma força simbólica. “Se ele recusar a proposta - afirmou o jornal israelita - o resultado pode ser terrível: milhares, talvez dezenas de milhares de ucranianos morrerão e há uma grande probabilidade de que seu país perca completamente a sua independência”.
Se o presidente da Ucrânia rejeitar a proposta, a previsão do presidente francês Emmanuel Macron de que "o pior está diante de nós" deve se concretizar. “Nesse cenário, Putin ordenará que seu exército coloque o pé no acelerador e mude a face da Ucrânia”, escreveu o jornalista Ben Caspit.
A reportagem do jornal israelense conclui: “Putin está determinado, e as complicações crescentes desde a invasão não o deterão. Pelo contrário, ele não pode voltar atrás. Quanto mais a guerra se tornar difícil e as baixas aumentarem, mais ele será pressionado a mostrar conquistas reais. A impressão é que, apesar das previsões de uma vitória rápida sobre o exército ucraniano terem se provado falsas, Putin está mais determinado do que nunca”.