Os Estados Unidos e seus aliados estão perdendo feio na disputa contra a Rússia. Primeiro, sentiram falta do petróleo russo e até já procuram o petróleo da Venezuela, presidida pelo até agora considerado um odiento adversário, Nicolás Maduro. E também estão vendo o seu grande ‘trunfo’, Volodymyr Zelensky, atual presidente da Ucrânia, aceitando a possibilidade de discutir com a Rússia (que tinha vetado a sua entrada na OTAN) a questão do reconhecimento da Crimeia.
Respondendo à questão do reconhecimento da Crimeia e das repúblicas de Donbass, o presidente ucraniano falou sobre a "possibilidade de discutir o assunto e chegar a um compromisso sobre como as pessoas viverão na região".
"Sobre a OTAN, há tempos eu já me esfriei sobre esta questão depois de entendermos que a Aliança Atlântica não está pronta para aceitar a Ucrânia. A aliança teme contradições e conflitos com a Rússia", afirmou Zelensky.
Além disso, o presidente ucraniano colocou no Ocidente a responsabilidade pela morte de pessoas na Ucrânia, que, de acordo com suas palavras, se recusa a fechar o espaço aéreo de seu país e a fornecer aviões.
"Treze dias que escutamos apenas promessas. Treze dias que falam que logo nos ajudarão no céu, que haverá aviões, que eles nos serão entregues", afirmou.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, já tinha declarado que Moscou pode parar a operação militar especial na Ucrânia "a qualquer momento", caso Kiev aceite as condições: reconhecer a Crimeia como sendo território russo, a soberania das repúblicas de Donetsk e Lugansk, bem como a neutralidade da Ucrânia.
Ou seja, volta tudo ao seu lugar. Menos os Estados Unidos, que vão ter que fazer as pazes com Nicolás Maduro...