01/03/2022 às 06h46min - Atualizada em 01/03/2022 às 06h46min

A PAZ É CONCESSÃO DO MAIS FORTE

A PAZ DA OTAN E EUA NÃO INTERESSA À RÚSSIA


 
 
Guerra e paz são uma ciência. Não são um milagre ou um castigo que caem dos céus. O general Sérgio Etchegoyen, que foi ministro de Michel Temer, comprova isso em uma análise realista que fez sobre a ação militar da Rússia contra a Ucrânia, em entrevista ao site Forças da Defesa. Disse ele: "A paz, estado de harmonia, como a gente imagina, não é fruto da generosidade humana entre os países. É uma concessão do mais forte. Ele concede a paz nas condições que lhe convém. A Europa estava submetida à paz que interessava à OTAN e aos EUA. Não era a paz que interessava à Rússia e a Putin. Era uma paz que empurrava os meios da OTAN em direção às fronteiras russas, numa ameaça permanente. Esse estado de paz, quando é desequilibrado, faz surgir as disputas e os conflitos por um novo status, para reescrever a paz segundo as circunstâncias novas. Putin tenta impor a paz que lhe interessa, que é uma paz com as armas longe da fronteira dele, é uma paz com a Ucrânia submetida a ele política e militarmente, e é isso que eles estão fazendo", disse ele.
 
"Putin, pressionado pela OTAN, adotou um ato de guerra, tem vidas sendo perdidas, isso é uma tragédia. Mas o objetivo da guerra é sempre a paz. Ninguém faz guerra para fazer guerra, faz uma guerra para modificar o status e reivindicar condições que lhe convenham. É isso que o Putin está tentando, e quem sofre com isso é a população", prosseguiu.
 
Na entrevista, o general Etchegoyen traçou um paralelo com a crise dos mísseis, que ocorreu em 1962. "Incomodaria a qualquer um. Imagina que começassem colocar armas nucleares, mísseis e blindados na nossa fronteira. Isso não quer dizer que eu esteja justificando a ação de violência de Putin", afirmou.
 
O general também previu um desfecho favorável à Rússia. "Não tem negociação. Putin vai impor a paz que ele quer. A Ucrânia já foi entregue. Putin vai trabalhar para o presidente ucraniano cair. Ele coloca um representante simpático à política russa. Ocupa militarmente para, alegadamente, dar proteção às duas repúblicas pequenas, que ele reconheceu, faz um acordo militar com a Ucrânia, deixando tropa russa na Ucrânia, e retorna à política que já foi soviética de deixar um cinturão de países satélites, de segurança da Rússia", finalizou.
 
Simples assim. Aguardemos os próximos capítulos...
 
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