16/02/2022 às 08h03min - Atualizada em 16/02/2022 às 08h03min

PUTIN HUMILHA BIDEN

HINO RUSSO NA UCRÂNIA



A Rússia de Putin mostrou para os Estados Unidos de Biden quem está presente na Ucrânia. Provou a sua vitória na crise ucraniana tocando, ontem, no Maidan, a principal praça de Kiev, o hino soviético. Foi uma vitória contundente de Vladimir Putin, que retirou suas tropas da fronteira. Isso porque a Ucrânia não fará parte da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Agora, é o governo de Joe Biden quem busca encaixar um discurso vitorioso, embora toda a sua retórica belicista tenha sido derrotada.
 
Com a Rússia anunciando que suas tropas estão recuando após a conclusão dos exercícios perto da fronteira com a Ucrânia, Moscou insistiu que as previsões de que poderia estar a poucos momentos de ordenar uma invasão total eram falsas.
Em uma declaração inflamada na terça-feira, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, desprezou semanas de relatórios e alegações de autoridades americanas e europeias de que as forças armadas de Moscou poderiam estar a apenas algumas horas de lançar um ataque contra seu vizinho.
“15 de fevereiro de 2022 ficará na história como o dia em que a propaganda de guerra ocidental falhou”, escreveu ela. O Ocidente foi “envergonhado e destruído sem que se disparasse um único tiro”.
Ao mesmo tempo, o Ministério da Defesa de Moscou anunciou que várias tropas russas terminaram seus exercícios de treinamento na Bielorrússia, perto da fronteira com a Ucrânia, e iniciarão o processo de retirada.
 
Os comentários de Zakharova vêm depois que a agência de negócios americana Bloomberg informou no sábado, citando autoridades não identificadas, que uma ofensiva contra a Ucrânia poderia ocorrer já na terça-feira. A agência informou que um possível ataque pode incluir uma provocação na região de Donbass ou contra Kiev.
O conselheiro de segurança nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, disse à CNN no fim de semana que “fontes” e “inteligência reunida” sugeriram que “grande ação militar” poderia “começar a qualquer momento”. Ele disse que isso inclui a próxima semana antes do final dos Jogos Olímpicos. Talvez seja o caso de buscar novo futurólogo...
 
Histeria em massa
Em meio a temores de uma potencial incursão, Moscou buscou garantias de segurança que limitariam a expansão da OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte) para mais perto de suas fronteiras e impediriam a Ucrânia de se juntar às suas fileiras. No entanto, o secretário-geral do bloco, Jens Stoltenberg, disse que a Rússia “não tem veto” sobre as ambições de Kiev de garantir a adesão.
 
Na segunda-feira, o principal diplomata da Rússia, o ministro das Relações Exteriores Sergey Lavrov, disse que seu lado ficou desapontado com a resposta da OTAN e dos EUA, mas ainda havia esperança de chegar a uma solução diplomática. Falando pouco depois de Zakharova na terça-feira, ele afirmou que os relatos ocidentais de uma invasão iminente equivaliam a “terrorismo de informação”. Uma conclusão perfeita. Com todo respeito, espera-se agora que Biden tenha aprendido a lição e oriente melhor seus especialistas em ‘desinformação’.
 
 
Ouça aqui o hino russo em Maidan, Kiev.

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