A entrevista de Lula aos veículos de comunicação da mídia independente, como o Brasil 247, foi recebida com entusiasmo pelo chamado "mercado", trazendo como efeitos diretos a queda do dólar e das taxas de juros no Brasil. Tal fenômeno foi reconhecido pelo jornal Valor Econômico, maior publicação dedicada à economia, finanças e negócios do País.
O jornalista André Guilherme Vieira escreveu: "Embora Lula não tenha feito nenhum aceno ao mercado financeiro em relação ao seu programa econômico, seus comentários, em combinação com uma recuperação parcial do apetite ao risco no exterior, influenciaram os mercados. A moeda americana foi negociada abaixo dos R$ 5,50 pela primeira vez em dois meses. A queda de juros intensificou-se ao fim da manhã e ao longo da tarde e as taxas foram as mínimas do dia. O Ibovespa, que já operava em alta, renovou suas máximas intradiárias, passando a saltar 1,79% aos 108.571 pontos". “Isso pode ser visto como um sinal moderado de Lula e, portanto, positivo para os ativos”, aponta um profissional do mercado. Durante as falas de Lula, o dólar foi às mínimas do dia e chegou à casa de R$ 5,46.
Isso não deveria ser surpresa. Em 2010, Celso Ming (Estadão, "É a economia, idiota!", 18/ago/2010), tentou explicar a força eleitoral de Lula “principalmente no comportamento da economia e seus efeitos sobre a vida do eleitor”. Disse ele que Lula manteve, por um bom tempo, o tripé de "observância do superávit primário, sistema de metas de inflação e câmbio flutuante."
Você diria, então, que Lula é um expert em economia? Seria um grande engano. O que Lula tem é o sentimento do povo – que não é idiota...
