O presidente do STJ, Humberto Martins, criou polêmica com a decisão, tomada no plantão de fim de ano do Judiciário. Na falada do dia, ele liberou um habeas corpus que beneficiou a empresária Maria Cristina Bonner, ex-mulher do advogado preferido da família Bolsonaro, Frederick Wassef (lembram dele?).
Martins, na opinião de outros ministros, teria utilizado um fundamento tido como absurdo para sua decisão. Mais ainda, não seria um caso de urgência para ser julgado no recesso. O presidente do STJ trancou a ação penal a que Maria Cristina responde. Ela é acusada de corrupção ou, mais especificamente, de ter pagado propina para obter contratos na área de informática durante o governo de José Roberto Arruda no Distrito Federal.
Ela teve ações de investigação por corrupção trancadas por decisão monocrática do ministro Humberto Martins. Maria Cristina Bonner foi casada com Frederik Wassef, advogado e amigo pessoal de Bolsonaro. Fabrício Queiroz, ex-chefe de gabinete parlamentar de Bolsonaro e do filho dele, Flávio, é investigado por comandar as rachadinhas nos gabinetes do clã. Wassef chegou a ser sócio de Cristina Bonner nas empresas de tecnologia dela, agora beneficiadas pela decisão de Martins, o que estaria revoltando os demais ministros do STJ.
Este é um dos dois assuntos que esta semana estariam movimentando as conversas dos ministros do STJ. O outro tema é a escolha dos dois novos ministros da Corte. São 16 candidatos disputando as duas vagas. E, a propósito, Martins, trabalharia por um dos pretendentes, o desembargador Cid Marconi.
.jpg)
