O ‘arregou’ bombou nas redes. O que seria mais que natural. Provavelmente foi o pessoal do Ciro que providenciou a divulgação do ‘arrego’ de Moro, que não aceitou debater com ele. Ciro procura colocar em Moro a marca de ‘covarde’, ‘fujão’, coisas assim. Mas Moro agiu certo. Ele quer se colocar como principal adversário de Lula e de Bolsonaro e o mais distante possível dos outros. Ele naturalmente ainda sonha em conquistar o segundo lugar, o que, obviamente, é algo bem distante. Mas existem também outros compromissos.
O seu acordo com o Podemos certamente envolve o apoio aos candidatos proporcionais e majoritários pelo Brasil inteiro: governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. Os candidatos locais se beneficiam mostrando que seu partido tem candidato a presidente, tem uma legenda com número forte. Não é à toa que o partido está pagando um bom dinheiro a Moro e a seu marqueteiro.
Em entrevista ao MyNews, Moro foi pressionado pela jornalista Mara Luquet sobre o convite de Ciro para o que ela afirmou ser apenas um "diálogo". "A questão é que a gente está construindo o nosso projeto, está apresentando. O Ciro primeiro tem que largar essa postura dele agressiva, ofensiva para dialogar", esquivou-se Moro. "Não, não. Nos diálogos eu que faço a mediação. Não tem ofensa a ninguém", respondeu Luquet. "É, mas assim...", fugiu Moro, olhando de lado. "Se for para entrar num debate, diálogo com alguém que começa ofendendo, como ele tem feito toda hora, aí não é debate, não agrega nada".
Moro errou nessa resposta. Teria que dizer algo como: “Você acha que vou perder tempo com Ciro? Ele que tente me alcançar. Eu quero chegar – e vou chegar! – junto daqueles dois que estão lá na frente.”
Claro. Moro não vai conseguir ser um dos dois primeiros. Talvez nem haja segundo turno. Moro está apenas ganhando experiência para 2026...