A conta no Twitter de Juliano Medeiros, presidente nacional do PSOL, tornou-se altamente inflamável. Ele simplesmente não mediu palavras, nesta segunda-feira, 13, para atacar a possibilidade do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin – de saída do PSDB – ser vice na chapa de Lula para presidente.
Medeiros considera que é preciso formar unidade para derrotar Bolsonaro, mas não com quem sustentou o golpe contra a ex-presidente Dilma Rousseff. Em seu tuíte, o presidente do PSOL destacou uma frase usada na campanha de Alckmin em 2018: "O PT gastou R$ 1,4 bilhão para eleger Dilma. Maior parte era dinheiro da corrupção. A propina para a campanha de Dilma foi acertada por Lula em reunião. Um país feliz de novo, só se for para os corruptos. Se o PT voltar, a corrupção vai continuar." Campanha de Alckmin, 2018.
É compreensível a indignação de Medeiros. O espectro político do PSOL é definido como de esquerda à extrema-esquerda. Um partido importante, combativo, tem muito a contribuir no seu apoio a Lula. Mas uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Lula não pode limitar-se a fazer uma aliança apenas com a esquerda – que já é aliada – para uma campanha eleitoral mais combativa. Para ampliar e construir uma chapa realmente vencedora é preciso atrair o centro, reduzir o campo de manobra da direita sempre ameaçadora. A aliança com o PSOL será fundamental, na condução de nosso país, na proteção contra um retorno da direita fascista.