11/12/2021 às 13h00min - Atualizada em 11/12/2021 às 13h00min

GUEDES DISSE QUE MORO FECHA O CONGRESSO.

OU SERÁ QUE MORO FECHA GUEDES?


Paulo Guedes estava animado no almoço dessa sexta, 10,  que a Esfera Brasil promoveu em São Paulo.
Como sempre, teria abusado de imagens fortes para dar o seu recado, sempre otimista, a uma plateia de grandes empresários e banqueiros, como Abílio Diniz (Carrefour e Península), André Esteves (BTG), Rubens Menin (MRV, Banco Inter e CNN) e José Olympio Pereira (Credit Suisse), entre outros.

Mas Paulo Guedes deixou a plateia seleta de boca aberta, quando falou da terceira via. Ou, para ser bem explícito, quando fez uma previsão de como seria um eventual governo Sérgio Moro.

Disse Guedes:
— Se vocês acham que a gente vive um período de Guerra Fria entre governo e Congresso, aguardem. Se o Moro vencer a eleição vai ser uma guerra nuclear. Ou eles botam o Moro pra fora ou o Moro fecha o Congresso.

(Atualização, às 18h28: Paulo Guedes entrou em contato para afirmar que o "contexto em que a frase foi dita era o de um embate entre o Moro e o establishment político de Brasília, se ele fosse eleito. Não era uma afirmação nem para descredenciar o Moro nem para dizer que a democracia brasileira corre riscos").

(Atualização, às 9h21 do dia 11. Paulo Guedes enviou hoje cedo uma nota sobre o tema: "O Ministro da Economia Paulo Guedes reafirmou ontem em reunião com empresários em SP a confiança de sempre no aperfeiçoamento das nossas instituições democráticas. Perguntado se conflitos políticos velados ('uma guerra fria entre poderes') impedem o avanço de sua pauta econômica, relembrou  que as resistências foram ainda maiores ('uma guerra nuclear')  às propostas apresentadas, à época em que estava no governo, pelo ex ministro e agora candidato Sérgio Moro. O ministro considera que conflitos  entre poderes independentes por demarcação de territórios são naturais e orgânicos a este aperfeiçoamento institucional. Paulo Guedes repudia que as metáforas bélicas usadas por ele apenas como força de expressão tenham sido descontextualizadas na tentativa de criar descabidas previsões que desmereçam o profundo respeito que tem por seu ex colega de ministério Sérgio Moro, o Congresso brasileiro e a robusta e testada democracia brasileira."

Mas Guedes deixou a plateia seleta estupefata mesmo ao falar da terceira via. Ou mais especificamente quando fez uma previsão de como seria um eventual governo Sergio Moro.


(Atualização, às 18h28. Paulo Guedes entrou em contato para afirmar que o "contexto em que a frase foi dita era o de um embate entre Moro e o establishment político de Brasília, se ele fosse eleito. Não era uma afirmação nem para descredenciar Moro nem para dizer que a democracia brasileira corre riscos").


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