18/11/2021 às 06h41min - Atualizada em 18/11/2021 às 06h41min

LULA GANHA O MUNDO!

COM UM PASSEIO POLÍTICO....

 
A turnê de Lula pela Europa é simplesmente um sucesso.
Em Berlim, Bruxelas, Madrid ou Paris, onde foi recebido com honras no Palácio do Eliseu, Lula fez questão de demonstrar sua posição de líder global. Um ano antes da eleição presidencial no Brasil, ele é considerado por toda parte como a alternativa a Bolsonaro.
 
É como se Lula já tivesse recebido a faixa presidencial e já estivesse exercendo o seu cargo. Foi assim que Lula foi recebido nessa quarta-feira, 17, pelo presidente francês Emmanuel Macron. Foi recebido com todas as honras no Palácio do Eliseu, e o presidente francês convocou a Guarda Republicana para a ocasião e desceu os sete degraus do palácio para receber calorosamente seu ilustre convidado.
 
A reunião estava prevista para durar cerca de 30 minutos, mas acabou durando mais de uma hora. A conversa, qualificada pelo Eliseu como "calorosa" e de "alto nível", abrangeu todos os assuntos: clima, Amazônia, América Latina, Europa, globalização ... "Eu sabia que Lula seria bem recebido. Mas eu não esperava algo tão espetacular! Emmanuel Macron entendeu a importância do Brasil e de Lula”, disse um integrante da equipe brasileira.
 
No entanto, tudo parece separar essas duas feras políticas, que se encontraram nesta quarta-feira pela primeira vez. O que há de comum, aliás, entre o velho leão brasileiro, de 76 anos, líder de esquerda, ex-sindicalista siderúrgico que se tornou presidente de 2003 a 2011, e o lobo francês de 43 anos, liberal, ex-banqueiro de negócios, apóstolo da “nação inicial”?
O carisma de cada um contribuiu? O certo é que os dois descobriram interesses mútuos. “Lula e Macron certamente serão candidatos presidenciais no próximo ano em seus respectivos países e cada um deve enfrentar um populista de extrema direita: Jair Bolsonaro no Brasil, e Eric Zemmour ou Marine Le Pen na França. Ao aparecerem juntos, eles mostram que estão engajados na mesma luta pela democracia", disse Hussein Kalout, professor de relações internacionais da Universidade de Harvard.
 
Relações geladas entre Macron e Bolsonaro
Para Emmanuel Macron, o encontro também foi a oportunidade perfeita para acertar suas contas antigas com Jair Bolsonaro. O presidente francês jamais digeriu as zombarias e os insultos lançados contra ele (e contra sua esposa) durante a grave crise diplomática de agosto de 2019, que surgiu em meio a incêndios na Amazônia. Macron chegou a desejar que "o povo brasileiro tenha muito rapidamente um presidente que se comporte à altura" de seu cargo.
 
Macron não precisará se preocupar. O eleitor brasileiro não será driblado outra vez.
 
Leia também no Le Monde.
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