Foi neste domingo, 14, o protesto na embaixada brasileira em Paris contra Bolsonaro que aproveitou para recordar a famosa frase atribuída a Maria Antonietta durante a Revolução Francesa: “se não têm pão, que comam brioches”.
Para demonstrar a fome que grassa no país de Bolsonaro, o prédio teve ossos, cartazes e bandeiras do Brasil amarradas em suas grades. Nos cartazes, a frase “Não tem pão? Comam ossos!". E não faltou a palavra “genocide” (genocida, em português). A frase “Não tem pão? Comam ossos!" é a referência à frase atribuída a Maria Antonietta e que integra a tradição da Revolução Francesa. Na verdade, a rainha Maria Antonieta, que foi guilhotinada durante a Revolução Francesa, em 16 de outubro de 1793, nunca teria pronunciado a frase, mas acabou incorporada à tradição revolucionária.
O ato na embaixada em Paris foi organizado pelos coletivos Coletivo Alerta Franca Brasil/MD18, Ubuntu Audiovisual e Amigos do MST e teve como motivação a celebração da Proclamação da República brasileira, nesta segunda, 15.
Veja o texto sobre a ação: “Cinco milhões de pessoas passando fome; 19 milhões de famílias na miséria; 14 milhões de cidadãos desempregados. Somem-se a esses números os mais de 600 mil mortos por Covid, e temos o retrato da tragédia brasileira, resultado da política ultra-liberal de privatizações e supressão dos direitos dos trabalhadores, combinada com a negação genocida do atual presidente de extrema-direita. Portanto, nada a comemorar neste 15 de novembro, Dia Nacional da República, proclamada em 1889. Para marcar a data, expondo a situação desastrosa do país, membros de grupos de resistência e cidadãos solidários realizaram outra intervenção na embaixada brasileira em Paris. Ao lado de faixas com dados e slogans como (“Tá caro? Culpa do Bolsonaro”; “Não tem pão, coma osso”), amarrados nas grades da fachada panelas vazias, além de ossos de boi e pés de galinha, “alimentos” que grande parte da população tem sido obrigada a consumir para não morrer de fome.
Com esse ato denunciamos, junto à opinião pública francesa e à comunidade internacional, o desmonte do Estado após três anos de (des)governo Bolsonaro.”