05/11/2021 às 12h06min - Atualizada em 05/11/2021 às 12h06min

GILMAR DIZ QUE LAVA JATO DEMONIZOU A POLÍTICA

PARA TRANSFORMAR NESTE INFERNO


Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), bateu forte nesta manhã de sexta-feira, 5, nas anunciadas candidaturas de Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. Disse com sabedoria suprema:
“Alerto há alguns anos para a politização da persecução penal. A seletividade, os métodos de investigações e vazamentos – tudo convergia para um propósito claro – e político, como hoje se revela. Demonizou-se o poder para apoderar-se dele. A receita estava pronta”.
 
Mais cedo, também nesta sexta, Flávio Dino, governador do Maranhão pelo PSB, criticou Sérgio Moro e o procurador Deltan Dallagnol. Em 1996, Moro e Dino participaram do mesmo concurso para se tornarem juízes – quando o agora governador foi o primeiro colocado.
"Os arautos do suposto 'combate à corrupção' interferiram ilegalmente na eleição de 2018 para gerar o período mais corrupto da história política do Brasil. Mas pelo menos uma corrupção eles diminuíram: a de políticos disfarçados com a toga nos ombros. Tem dois a menos", disse o chefe do executivo maranhense no Twitter.
 
Dallagnol deve concorrer a uma vaga na Câmara dos Deputados em 2022. Moro deve se filiar ao Podemos na próxima quarta-feira, 10. Moro foi condenado pelo STF por causa da parcialidade contra Lula. De acordo com o site Intercept Brasil, ele ajudava procuradores do Ministério Público Federal no Paraná na elaboração de denúncias. Em uma das mensagens, trocadas em 16 de fevereiro de 2016 e incluída pela defesa de Lula na ação, o então magistrado pergunta se os procuradores têm uma "denúncia sólida o suficiente" contra Lula.
Moro também chegou a questionar a capacidade de a procuradora Laura Tessler em interrogar Lula.
Em outra conversa, de 28 de abril de 2016, Dallagnol avisou à procuradora que o então juiz o havia alertado sobre a falta de uma informação na denúncia de um réu — Zwi Skornicki, representante da Keppel Fels, estaleiro que tinha contratos com a Petrobrás.
Entre outras irregularidades, Dallagnol recebeu R$ 33 mil da empresa de tecnologia digital Neoway por uma palestra. A instituição foi citada em uma delação premiada da Lava Jato.
Ainda de acordo com a Vaza Jato, Dallagnol fez pressão sobre o Judiciário para conseguir a indicação de um juiz "amigo" à frente da Lava Jato, após a saída de Moro. Ainda na esteira das ilegalidades, Dallagnol e o procurador Vladimir Aras não entregaram nomes de pelo menos 17 americanos que estiveram em Curitiba em 2015, o que não foi informado ao Ministério da Justiça. No primeiro semestre deste ano, o jornal francês Le Monde publicou uma reportagem confirmando a interferência dos Estados Unidos na Lava Jato.
 
O que assistimos atualmente neste país ‘conduzido’ por Jair Bolsonaro é um subproduto dessa famosa e perniciosa Operação Lava Jato. Graças a ela, conseguiram transformar o Brasil em vergonha internacional. Nossa esperança é reverter o quadro, com muita disposição para eleger Lula na próxima eleição.
 
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