Guarde bem esse nome. É Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica no Ministério da Economia, aquele ‘conduzido’ por Paulo Guedes. Aparentemente, anda economizando nas ideias. Teria espontaneamente distorcido a História para defender a tese de que “da parte política” o general Augusto Pinochet – aquele que ganhou fama conduzindo, nos anos 70, uma ditadura – “era de esquerda”. Agora pare para respirar fundo e vamos em frente, para tentar compreender esse pensamento ‘revolucionário’.
“Por um lado, ele colocava o Estado acima do indivíduo. Então, desse jeito, ele é um esquerdista, porque ele coloca o Estado acima do indivíduo, da liberdade individual. Mas, por outro lado, Pinochet cria um sistema de preços via mercado, ele queria a propriedade privada. Então, na parte econômica, Pinochet era de direita. Na parte política, era de esquerda”. E você, se encontrou algum sentido no que foi dito, corra urgente para um psiquiatra.
A ditadura Pinochet foi apoiada pelos Estados Unidos exatamente para garantir a implantação das políticas neoliberais. O Chile serviu como um laboratório dos chamados “Chicago boys” (onde se incluía Paulo Guedes), na América Latina.
Racismo
No mesmo vídeo (editado), Sachsida faz mais uma comparação esdrúxula quando comenta a ‘reparação histórica’ dos negros escravizados no Brasil. “Eu entendo que se queira falar na reparação histórica, porque os negros foram escravizados no Brasil. Olha só, o último povo que foi extremamente maltratado no Brasil não foi negro. O que levou pancada pra caramba no Brasil foram alemães, italianos e japoneses”, diz ele.
