19/09/2021 às 14h03min - Atualizada em 19/09/2021 às 14h03min

​BOLSONARO PROCURA ESCAPAR DA CADEIA

PODE SER CANDIDATO AO SENADO


Bolsonaro já sabe que não será reeleito presidente. Percebeu claramente que o povo brasileiro não pretende errar outra vez. O povo até chega a errar, mas errar duas vezes seguidas é mais difícil. Isso fez Bolsonaro pirar, mais do que já pirou. Só não pirou completamente, porque talvez tenha encontrado uma saída pela direita.

Foi o ex- ministro da Justiça Eugênio Aragão que traçou a rota de fuga: “Bolsonaro pode perfeitamente se candidatar a senador”. Simples assim.
Aragão avaliou que Bolsonaro pode considerar uma vaga no Senado como forma de se salvar de uma eventual prisão, pois terá de encarar um cenário grave, caso Augusto Aras seja indicado ao STF. Como assim? O Aras? Ele mesmo? Deve ser mesmo coisa dele, com aquele seu jeitão...

Aragão avaliou, em entrevista à TV 247, que, com a possibilidade de Aras tornar-se ministro do Supremo, no lugar de André Mendonça, o cenário seria grave para Bolso.
Acontece que a sabatina de André Mendonça como candidato ao Supremo está travada no Senado. O presidente da CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), vê as ameaças antidemocráticas de Bolsonaro como o principal obstáculo para a realização da sessão.
“Quando Aras deixar de ser procurador-geral da República, aquela turma lavajatista, que domina hoje a corporação interna do Ministério Público, vai fazer picadinho de Bolsonaro. Se ele pedir aposentadoria, vai ser pior ainda, porque ele perde o foro privilegiado, e aí vai ser a turma lá do andar de baixo, da primeira instância, que vai fazer picadinho dele. Então, ele está numa situação em que se ficar o bicho come e se correr o bicho pega”, disse o ex-ministro.

A possível indicação de Aras e a possível derrota eleitoral de Bolsonaro facilitam o processo de impeachment. Mas, mesmo que isso não aconteça, ele pode considerar uma mudança de ares, já que, declaradamente, Bolsonaro não gosta de ocupar a cadeira presidencial, raciocina Aragão.
“Quanto ao ano que vem, temos dois cenários possíveis: com o Bolsonaro e sem o Bolsonaro. Se Bolsonaro andar ladeira abaixo, como ele está andando – ele perdeu muito ativo nesses últimos dias –, acredito que pode acontecer um acidente no sentido de a chapa ser cassada pelo TSE ou um processo de impeachment. Mas tiremos isso do horizonte. Ele pode perfeitamente achar, ‘por que eu vou me encher o saco de continuar presidente da República, se eu posso me candidatar a senador?’. E ele sabe que se ele se candidatar a senador no Rio de Janeiro, ele está eleito, a vaga é dele. Com isso, ele tem condição de se proteger. O Flávio ainda tem mais quatro anos de senador, e ele joga os votos para o Carlitos virar deputado federal, equilibrando o jogo dentro da família e evitando que eles sejam perseguidos. Ele pode pensar nisso. Nesse caso, Bolsonaro sai do jogo para presidente da República”, completou.

Ok, mas fica a pergunta de todo o povo brasileiro: quando vai ser feita justiça?
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